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Funcionários decidem manter a paralisação
DA SUCURSAL DO RIO
Em assembléia realizada
no início da noite de ontem,
na entrada do complexo penitenciário de Bangu, cerca
de cem agentes penitenciários decidiram manter a greve da categoria.
Eles rejeitaram a proposta
apresentada na assembléia
por um representante do Estado: gratificação de R$ 106 e
abono de R$ 200 na próxima
folha de pagamento.
A decisão surpreendeu o
governador Anthony Garotinho (PSB), que, uma hora
antes, disse que já havia autorizado o pagamento de
uma gratificação aos agentes
e que o Estado prepara a realização de concurso para suprir a falta de pessoal.
A gratificação e o concurso
para 3.000 vagas são reivindicações dos agentes em greve, assim como o reajuste salarial de 19%, que teria sido
prometido pelo governo em
22 de maio, melhores condições de trabalho e carteira
funcional. O Estado tem
3.600 agentes.
Garotinho afirmou que o
secretário de Direitos Humanos e Sistema Penitenciário, João Luiz Pinaud, é o
responsável pelas negociações e que cabe a ele apurar
denúncias de maus-tratos de
agentes contra presos.
"As denúncias serão apuradas e os responsáveis serão
punidos. Não temos uma situação de insurreição nos
presídios, não temos uma
calamidade, há problemas e
eles estão sendo resolvidos".
À noite, o secretário Pinaud disse estranhar a continuidade da greve.
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