São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Funcionários decidem manter a paralisação

DA SUCURSAL DO RIO

Em assembléia realizada no início da noite de ontem, na entrada do complexo penitenciário de Bangu, cerca de cem agentes penitenciários decidiram manter a greve da categoria.
Eles rejeitaram a proposta apresentada na assembléia por um representante do Estado: gratificação de R$ 106 e abono de R$ 200 na próxima folha de pagamento.
A decisão surpreendeu o governador Anthony Garotinho (PSB), que, uma hora antes, disse que já havia autorizado o pagamento de uma gratificação aos agentes e que o Estado prepara a realização de concurso para suprir a falta de pessoal.
A gratificação e o concurso para 3.000 vagas são reivindicações dos agentes em greve, assim como o reajuste salarial de 19%, que teria sido prometido pelo governo em 22 de maio, melhores condições de trabalho e carteira funcional. O Estado tem 3.600 agentes.
Garotinho afirmou que o secretário de Direitos Humanos e Sistema Penitenciário, João Luiz Pinaud, é o responsável pelas negociações e que cabe a ele apurar denúncias de maus-tratos de agentes contra presos.
"As denúncias serão apuradas e os responsáveis serão punidos. Não temos uma situação de insurreição nos presídios, não temos uma calamidade, há problemas e eles estão sendo resolvidos".
À noite, o secretário Pinaud disse estranhar a continuidade da greve.


Texto Anterior: Sistema prisional: Greve de agentes tumultua presídios no Rio
Próximo Texto: Favelas: Associação de morador é refém do tráfico, diz professor
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.