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Investigação mostra que a pista não estava em condições, diz promotor
GILMAR PENTEADO
DA REPORTAGEM LOCAL
O promotor Mário Luiz Sarrubbo, que acompanha as investigações da Polícia Civil de
São Paulo, afirma que está convicto de que a pista principal de
Congonhas, onde ocorreu o acidente da TAM, "não estava em
condições", principalmente no
que se refere à aderência nos
dias de chuva.
Mas, segundo ele, só o cruzamento com os dados das caixas-pretas da aeronave podem revelar se essa falta de condições
teve ligação direta com o acidente. "A pista não estava em
condições. Estava escorregadia. Agora, se tem ligação direta
com o acidente é o que precisamos saber", disse.
Em uma avaliação de oito
dias de investigação, o promotor afirmou que o depoimentos
de pilotos e outras informações
no inquérito revelam "indícios
de que algo estava errado com a
pista". "Não precisa ser técnico,
promotor nem delegado para
saber disso. Basta saber quantas derrapagens nós tivemos
nos últimos dias", afirmou.
Anteontem, em depoimento
no 27º DP (Campo Belo), zona
sul de São Paulo, dois pilotos da
TAM afirmaram que tiveram
problemas para pousar em
Congonhas por causa de pista
escorregadia. Os dois, que pilotaram a mesma aeronave dois
dias antes do acidente, afirmaram que o avião estava em perfeitas condições, apesar de estar com o reverso inoperante.
O delegado Antonio Carlos
Barbosa afirma que a polícia
pretende ouvir cerca de 15 pilotos -parte deles teria enfrentado problemas de pista escorregadia em Congonhas.
O promotor afirma que, apesar de a investigação ter por enquanto menos informações sobre as condições da aeronave,
essa linha de investigação não
está enfraquecida. "É claro que
é preciso saber as condições da
aeronave", afirmou.
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