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SISTEMA CARCERÁRIO
Medida reduziria rebeliões; 89% dos pesquisados são favoráveis à adoção de penas alternativas
Paulistanos defendem trabalho de presos
da Reportagem Local
Pesquisa Datafolha feita em São
Paulo mostra que 74% da população defende o trabalho dos presos
como forma de reduzir rebeliões.
A melhoria das condições de vida
nos presídios é apontada por apenas 13% dos entrevistados como
caminho para conter as rebeliões.
A medida é defendida em maior
proporção (24%) por entrevistados que têm entre 16 e 25 anos.
Nesse grupo, 64% apontam o trabalho como forma de controle de
rebeliões, contra 82% entre os entrevistados com 41 anos ou mais.
O Datafolha ouviu 634 pessoas
da população adulta da cidade de
São Paulo no dia 25 de junho.
A maioria dos entrevistados
(68%) afirma que só os criminosos
perigosos devem ser encaminhados aos grandes presídios.
Ainda segundo o estudo, 89%
dos pesquisados são favoráveis à
adoção de penas alternativas.
O roubo de comida, a falta de pagamento de pensão alimentícia e o
uso de maconha são os crimes em
relação aos quais a pena alternativa é considerada mais aceitável.
Entre os entrevistados, 51% concordam totalmente com a pena alternativa no caso de roubo de comida, enquanto apenas 15% têm
posição oposta.
Em relação ao uso de maconha,
46% são favoráveis à pena alternativa. Mas a resistência também é
grande: 32% discordam totalmente da medida.
A pena alternativa é defendida
por 44% no caso de falta de pagamento de pensão alimentícia, com
oposição de 24%.
A população se divide quando os
crimes são uso de cocaína, roubo
de toca-fitas e emissão de cheques
sem fundos.
Nesse último caso, 34% dos entrevistados são favoráveis à pena
alternativa, enquanto 35% têm posição oposta. O uso de cocaína deve ser punido com penas alternativas na opinião de 42%. A medida é
rejeitada por 38%. Também há
equilíbrio no caso de roubo de toca-fitas: 39% defendem a pena alternativa e 37% são contrários.
A defesa das penas alternativas é
maior entre os que têm curso superior (93%) do que entre os que
fizeram até o primeiro grau (85%).
As mulheres, com 91%, apóiam
as penas alternativas em maior
proporção que os homens (86%).
Entre os entrevistados com renda familiar superior a 20 salários
mínimos, a defesa das penas alternativas é de 91%, contra 87% entre
os detentores de renda familiar até
dez salários mínimos.
A pesquisa do Datafolha é um levantamento por
amostragem estratificada por sexo e idade, com
sorteio aleatório dos entrevistados. A população
adulta da cidade de São Paulo foi tomada como
universo da pesquisa. Nesse levantamento, realizado no dia 25 de junho, foram entrevistadas
634 pessoas. A margem de erro decorrente desse processo de amostragem é de quatro pontos
percentuais para mais ou para menos, dentro de
um intervalo de confiança de 95%. Isso significa
que, se fossem realizados cem levantamentos
com a mesma metodologia, em 95 os resultados
estariam dentro da margem de erro prevista.
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