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URBANISMO
Cúria Metropolitana montará grupo de apoiadores da catedral para financiar a manutenção das instalações
Sé terá esquema especial de segurança
SÉRGIO DURAN
DA REPORTAGEM LOCAL
A Cúria Metropolitana montará
uma equipe especial de segurança
para a catedral da Sé, na região
central de São Paulo, após a reabertura da igreja, no próximo domingo, às 10h. Em entrevista coletiva, ontem, o arcebispo dom
Claudio Hummes comentou sobre a nova preocupação da arquidiocese após a reabertura do templo -proteger o patrimônio.
"Haverá esquema de segurança
interna dentro dos nossos custos,
mas, externamente, cabe ao poder público. Queremos pedir que,
pelo menos aos domingos, haja
um esquema de policiamento especial", disse dom Claudio.
Segundo a Secretaria de Estado
da Segurança Pública, quase em
frente ao marco zero há uma base
comunitária da Polícia Militar
que funciona 24 horas e conta
com pelo menos três policiais permanentemente.
Para fazer a segurança interna, a
idéia é que sejam contratadas mulheres para o serviço. "Houve
uma época na qual tivemos guardas femininas dentro da catedral,
o que me parece uma boa solução", afirmou o arcebispo. Segundo o sacristão Geraldo Soares de
Medeiros, 42, há pessoas que se
escondem na igreja para roubá-la
durante a noite. A aposentada Eugênia Santos Fontana, 84, frequentadora da catedral desde a
sua inauguração, diz já terem tentado assaltá-la dentro da igreja.
Recursos
Além da segurança, a manutenção da catedral também foi citada
por dom Claudio. De acordo com
ele, a Cúria montará um grupo de
apoiadores da Sé para financiar a
vistoria preventiva das instalações. "A verdade é que somos
uma igreja pobre, mas a situação
da catedral em muito se deve à falta de manutenção aliada ao desgaste provocado pela poluição,
trânsito e a trepidação do metrô."
Interditada pelo Contru (Departamento de Controle de Uso
de Imóveis) desde julho de 1999, a
catedral estava em péssimo estado. Segundo a Concrejato, empresa responsável pelo restauro,
havia 4.000 metros de trincas na
igreja. Na época da interdição, um
tijolo descolou do teto e caiu no
meio do corredor central.
As obras de reforma foram iniciadas em maio de 2000 e custaram R$ 19,5 milhões. A igreja não
conseguiu arrecadar todo o dinheiro até agora. Restam, disse o
arcebispo, R$ 2,821 milhões para
angariar. "Na verdade, os empresários têm sido muito receptivos."
A novidade da reabertura da Sé
são os projetos culturais planejados para o espaço. O salão dos
fundos da igreja abrigará uma
unidade museológica com pequenas exposições. Na catedral, será
criado um percurso de visitação
para que não atrapalhe a programação religiosa.
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