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SINAIS DO TEMPO
Azulejos da obra "Peixes", na Pampulha, em Belo Horizonte, estavam com fissuras e sujeira
Painel de Candido Portinari é restaurado
THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA
O painel de azulejos "Peixes",
uma das últimas obras do pintor
Candido Portinari (1903-1962),
foi restaurado e será reinaugurado neste domingo, em Belo Horizonte. A obra, de 1961, tem 817
azulejos e foi executada para decorar um salão do PIC (Pampulha Iate Clube), que compõe o
chamado Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Pampulha.
O clube, como todo o conjunto
da Pampulha, tem projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer e
paisagístico de Burle Marx
(1909-1994). O conjunto é tombado pelo governo federal, pelo
Estado e pela prefeitura.
O painel, com 6,35 metros de
altura e 2,77 metros de comprimento, foi restaurado pela última vez em 1988.
Em 1993, a obra saiu do salão
de festas para uma área externa
do clube, onde ficou exposta ao
sol e à chuva, o que gerou fissuras e sujeira.
O clube gastou R$ 80 mil em 14
meses de restauro. A ação,
apoiada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
incluiu remoção de resíduos,
limpeza e substituição de cerca
de 150 azulejos.
Para a troca das peças danificadas, cada desenho foi copiado
em novos azulejos, levados várias vezes ao forno até a obtenção da cor mais próxima à original.
O painel restaurado continuará por pelo menos mais um ano
no jardim interno do clube, onde não pode ser visto da rua. Está
prevista para 2006 a construção
de outra portaria, na qual o painel ficará protegido da ação climática e será visto por pedestres.
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