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Cura da doença começa no diagnóstico precoce
DA REPORTAGEM LOCAL
A possibilidade de cura de um
tumor maligno é diretamente
proporcional ao diagnóstico.
Quanto mais precoce, maiores as
chances de cura.
O diagnóstico precoce parte da
consciência da população de se
auto-examinar quando é possível
(no caso de mama e gânglios, por
exemplo) e de regularmente fazer
exames de controle. Não existe
nenhum exame que previna o paciente do câncer. O exame detecta. E isso é muito importante.
As inovações também surgem
nessa área. Não só com métodos e
diagnósticos de imagens (tomografia computadorizada, ressonância magnética etc.) mas com o
avanço progressivo da identificação dos subtipos de câncer.
O câncer no pulmão, por exemplo, tem muitas variações com
comportamentos completamente
diferentes. "Hoje, dependendo do
comportamento subtipo, você vai
primeiro operar, ou fazer quimioterapia ou radio", diz o médico
Wladimir Nadalin, do Hospital
Oswaldo Cruz e do Hospital das
Clínicas, em São Paulo. "Se você
não souber o subtipo exato, você
pode não estar indicando o tratamento correto."
O diagnóstico do câncer de
próstata, o que mais atinge os homens, frequentemente acima dos
50 anos, dispõe hoje em dia de um
exame preventivo de nome complicado -antígeno prostático específico- mas extremamente
simples, que fornece indicações
importantes para o diagnóstico
precoce. É um mero exame de
sangue. Não substitui o exame
tradicional, de toque retal,que só
seria indicado no caso do "exame
de sangue" indicar suspeitas. Detectado precocemente, o paciente
tem 90% de chances de cura.
Um câncer de mama identificado precocemente evita a mutilação, que aterroriza a paciente. Ela
retarda o tratamento porque antevê que será submetida a uma cirurgia mutiladora.
"Hoje, em tumores precoces,
uma cirurgia conservadora (sem
mutilação), associada à radioterapia traz o mesmo resultado que
antes trazia a mastectomia. Mas
isso não vale para tumores mais
avançados", diz Nadalin.
No Brasil, segundo o médico,
existem alguns tipos de câncer
mais frequentes, todos eles passíveis de uma detecção precoce, seja
pela herança genética, seja por
exames regulares. Por exemplo, o
câncer de colo de útero.
Nos grandes centros, prevalece
o câncer de mama, como é nos Estados Unidos e na Europa. Avançando para áreas rurais, onde o
acesso à medicina preventiva é
mais difícil, a incidência de câncer
no colo do útero é uma das mais
altas do mundo.
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