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Câncer de pele aumenta 5% a cada ano
DA REPORTAGEM LOCAL
O câncer de pele é o tipo mais
comum da doença. Em todo o
mundo, os casos aumentam 5%
ao ano, segundo o oncologista
Rogério Izar Neves.
Por outro lado, é o único sobre o
qual existem mais informações a
respeito de causas e fatores de risco, o que o torna "perfeitamente
evitável", afirma o dermatologista
Marcus Maia, coordenador do
Programa Nacional de Controle
do Câncer da Pele, da Sociedade
Brasileira de Dermatologia.
Existem três tipos principais de
tumor da pele: o carcinoma basocelular (80% dos casos), o carcinoma espinocelular (de 12% a
13% do total) e o melanoma (de
7% a 8%) -que, apesar de mais
raro, é o mais letal.
Ele atinge os melanócitos (células produtoras da melanina, que
dá cor à pele) e, dependendo de
quanto se aprofunda, pode chegar à corrente linfática ou sanguínea, afetando outros órgãos. Já os
carcinomas basocelular e espinocelular não causam metástase e
são removidos cirurgicamente.
Embora o número de casos seja
alto, a mortalidade em decorrência de câncer de pele é pequena,
dizem os especialistas. Isso porque, quando diagnosticado em
sua fase inicial, mesmo o melanoma tem alto índice de cura.
Um auto-exame a cada três meses pode ajudar a identificar sintomas da doença: elevações avermelhadas, pequenas feridas que
não cicatrizam -mais comuns
na pele do nariz ou abaixo dos
olhos- e pintas de diâmetro
maior que 8 mm, que aumentam
de tamanho, têm contorno irregular e variação de cores.
Com o propósito de prevenir e
diagnosticar novos casos, a Sociedade Brasileira de Dermatologia
lança depois de amanhã, em São
Paulo, a Campanha Anual para
Exame da População. No dia 2 de
dezembro, 115 postos em todo o
país farão os exames de detecção
da doença de forma gratuita.
A expectativa é atender até 40
mil pessoas, das quais 8% (3.200)
devem ter diagnóstico de suspeita
de câncer da pele.
Dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) indicam que o
câncer da pele liderou o ranking
de novos casos da doença em 99,
com 39.800 ocorrências. Os índices não se aproximam, entretanto, dos casos nos Estados Unidos:
cerca de 1,2 milhão por ano.
Genoma
Uma pesquisa iniciada há cerca
de três meses no Hospital do Câncer de São Paulo busca desvendar
o genoma do melanoma.
O sequenciamento do DNA vai
permitir, por exemplo, prever o
aparecimento do tumor, identificar drogas mais eficientes contra
ele e saber, por meio de exames de
sangue, urina ou até de fios de cabelo, se o câncer se desenvolve.
O estudo integra o Projeto Genoma Humano do Câncer, da Fapesp (Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo)
e é apresentado, hoje, na Quinta
Jornada Brasileira do Câncer da
Pele, em João Pessoa (PB).
(MV)
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