São Paulo, quinta-feira, 26 de dezembro de 2002

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Fiscalização é difícil, afirma conselheiro

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

As empresas de navegação que operam nos rios amazônicos se dizem defensoras de uma regulamentação desse tipo de transporte. Reconhecem, no entanto, que é praticamente impossível coibir a existência de portos clandestinos na região amazônica.
É dessa maneira que se explica Paulo Alecrim, conselheiro da SNPH (Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias, entidade operadora do sistema fluvial no Amazonas), também presidente do Sindicato dos Armadores do Amazonas, ao ser questionado sobre o fato de o porto ilegal Manaus Moderna funcionar em uma área teoricamente sob concessão.
"Minha função é coordenar e ordenar o sistema. É o que tenho feito. Quando as instituições federais e estaduais alterarem o sistema, aquilo [a Manaus Moderna" vai deixar de existir", disse.
De acordo com Alecrim, 60% das embarcações que partem da cidade de Manaus em direção aos outros Estados da região amazônica atracam na Estação Hidroviária, o terminal oficial. A Capitania dos Portos afirma que só em Manaus 7.000 embarcações são regularizadas.
"Eu não posso virar para um cidadão e dizer que a saída da Manaus Moderna é ruim. Lógico que lá a situação é esdrúxula. Mas não posso obrigar ninguém a fazer nada", afirmou Alecrim.
O conselheiro culpa o governo estadual. Mas a SNPH, da qual é integrante, é um órgão do Estado. A finalidade do órgão é organizar, fiscalizar e desenvolver a rede hidroviária do Amazonas.
O chefe de comunicação do governo do Amazonas, Cláudio Barbosa, afirma que o problema da zona portuária é de competência da própria SNPH.


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