São Paulo, terça-feira, 27 de fevereiro de 2001

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ADMINISTRAÇÃO

Prefeita está em Paris

Marta chega à França para tratar de projetos

DO ENVIADO ESPECIAL A PARIS

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), desembarcou ontem à tarde em Paris (França) entusiasmada com a possibilidade de conseguir respostas positivas para propostas de cooperação que fará a integrantes do governo francês e a entidades internacionais, como a Unesco.
As propostas não envolverão pedido de financiamento devido ao impedimento previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal em casos de prefeituras endividadas, como a de São Paulo. "Se a gente conseguir apoio nos projetos de cooperação é tão precioso quanto dinheiro", disse a prefeita ontem à tarde ao chegar no aeroporto Charles de Gaulle.
Marta viajou sozinha e foi recebida pelo colaborador da secretaria de relações internacionais do PT (Partido dos Trabalhadores), Luís Favre.
No aeroporto, Marta recebeu o mesmo tratamento especial que têm quando está no Brasil. Dessa vez por um funcionário da filial da companhia aérea brasileira pela qual a prefeita viajou.
Ela foi recepcionada por Favre quando ainda estava em uma área de desembarque restrita a passageiros. Pelo rádio, o funcionário pediu informações sobre a bagagem da prefeita e a acompanhou até que suas malas chegassem.
O secretário Jorge Mattoso (Relações Internacionais), que não viajaria à França, chega hoje a Paris. Além dele, o secretário João Sayad (Finanças), que já está na capital francesa, também integrará a comitiva.
A prefeita, que será recebida por quatro ministros franceses e pelo premiê Lionel Jospin, justificou a boa receptividade que está tendo na França por uma "conjuntura toda favorável".
"É um partido de esquerda (o PT), que é um partido amigo, irmão do socialista. Acho que é (o fato de ser) a maior prefeitura da América do Sul e (por ser) uma mulher, eleita com quase 60% dos votos", afirmou.
Hoje, ela terá seu primeiro compromisso oficial na cidade. Ela encontrará o ministro francês Bernard Kouchner (Saúde) e pedirá apoio para formação dos gerentes dos 41 distritos de saúde criados em São Paulo pelo secretário Eduardo Jorge. O projeto é semelhante ao de Paris, onde há 20 subprefeituras em uma cidade com 2 milhões de habitantes. Cada uma delas é independente, e o subprefeito também é responsável pela rede de saúde.



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