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Preso nega ter sequestrado cigana
MÁRIO TONOCCHI
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Andinho disse à polícia de São
Paulo, na madrugada de ontem,
que o sequestro e assassinato da
dona-de-casa cigana Rosana Rangel Melotti, 52, em Campinas (95
km de São Paulo), foi cometido
por Valdecir de Souza Moura, o
"Fiinho", e que ele não teve envolvimento no crime.
Moura, que trabalhava como
motorista de Andinho, foi morto
em uma troca de tiros na manhã
de anteontem, quando a Polícia
Civil de São Paulo invadiu a chácara em Itu onde os dois estavam.
De acordo com policiais que ouviram o sequestrador, durante toda a madrugada de ontem, ele
afirmou que não teria participado
da ação que terminou com a morte de Rosana.
"O Fiinho era um empregado
do Andinho. Ele está querendo
dizer que foi seu comparsa, que já
está morto, para não ser indiciado
nesse crime", disse o delegado titular da Deas (Delegacia Especializada Anti-Sequestro) de Campinas, Joel Antonio dos Santos.
A mulher foi assassinada com
três tiros de fuzil, no dia 10 de janeiro, em frente à porta de sua casa, seis dias depois de ter sido levada. A dona-de-casa foi morta,
segundo o que a polícia apurou,
porque os parentes não conseguiram os R$ 100 mil de resgate.
Segundo a polícia, a família chegou a reunir R$ 89 mil, mas os sequestradores foram intransigentes e mataram a mulher. A família
de Rosana, que morava em Campinas havia seis anos, deixou a cidade. Segundo familiares, todos
se mudaram para a Venezuela.
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