São Paulo, quarta-feira, 27 de fevereiro de 2002

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Preso nega ter sequestrado cigana

MÁRIO TONOCCHI
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

Andinho disse à polícia de São Paulo, na madrugada de ontem, que o sequestro e assassinato da dona-de-casa cigana Rosana Rangel Melotti, 52, em Campinas (95 km de São Paulo), foi cometido por Valdecir de Souza Moura, o "Fiinho", e que ele não teve envolvimento no crime.
Moura, que trabalhava como motorista de Andinho, foi morto em uma troca de tiros na manhã de anteontem, quando a Polícia Civil de São Paulo invadiu a chácara em Itu onde os dois estavam.
De acordo com policiais que ouviram o sequestrador, durante toda a madrugada de ontem, ele afirmou que não teria participado da ação que terminou com a morte de Rosana.
"O Fiinho era um empregado do Andinho. Ele está querendo dizer que foi seu comparsa, que já está morto, para não ser indiciado nesse crime", disse o delegado titular da Deas (Delegacia Especializada Anti-Sequestro) de Campinas, Joel Antonio dos Santos.
A mulher foi assassinada com três tiros de fuzil, no dia 10 de janeiro, em frente à porta de sua casa, seis dias depois de ter sido levada. A dona-de-casa foi morta, segundo o que a polícia apurou, porque os parentes não conseguiram os R$ 100 mil de resgate.
Segundo a polícia, a família chegou a reunir R$ 89 mil, mas os sequestradores foram intransigentes e mataram a mulher. A família de Rosana, que morava em Campinas havia seis anos, deixou a cidade. Segundo familiares, todos se mudaram para a Venezuela.



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