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VIOLÊNCIA
Detetive também é acusado; pais de meninas fizeram denúncia
Delegado é acusado de estuprar 2 garotas
da Agência Folha
Rubens Lachuvscki, 29, delegado
de Capanema (PR), foi preso na
madrugada de ontem sob a acusação de estupro presumido -contra duas garotas com menos de 14
anos de idade- e corrupção de
menores.
O detetive José Carlos de Souza
teve a prisão decretada, sob a acusação de manter relações sexuais e
fumar maconha com garotas menores de idade dentro da delegacia
de Capanema, cidade paranaense
localizada na divisa com a Argentina. Ele está foragido.
As denúncias contra o delegado e
o detetive foram apuradas pelo Ministério Público. Os dois promotores de Capanema, Jorge César de
Assis e Aline Bahr, receberam o relato de pais de garotas envolvidas
no caso.
Duas meninas que teriam sido
estupradas pelo delegado passaram por exames de conjunção carnal. Lachuvscki é acusado de estupro presumido, no qual há culpa
mesmo com o consentimento das
menores.
O delegado é acusado também de
promover bebedeiras com mais de
dez garotas em bares noturnos da
cidade. Por diversas vezes, ele teria
pago rodadas de bebida alcoólica a
menores de idade.
"É o fim da picada. A autoridade,
que deveria cuidar para evitar esse
tipo de coisa, é quem estava promovendo o delito", afirmou o promotor Assis, que pediu a prisão
preventiva do delegado.
Segundo Assis, as garotas envolvidas no caso são humildes e não
eram prostituídas. "O Estatuto de
Defesa da Criança e do Adolescente não vê distinção entre as pessoas. É função das autoridades, como o delegado de polícia, defendê-lo", disse o promotor.
O juiz da cidade, Maurício Geron, os dois promotores e seus parentes estão sob proteção policial.
Assis disse que sofreu ameaça de
morte. O juiz e os dois promotores
tiveram que deixar suas casas na
madrugada de ontem sob proteção
policial devido a ameaças.
Casado e pai de duas filhas, o delegado Rubens Lachuvscki é tido
pela mulher, Cristiane Cima, como
um bom marido. "Estou surpresa
com essa denúncia, já que ele nunca demonstrou ter esse tipo de
comportamento", afirmou.
O delegado foi transferido na tarde de ontem para Curitiba. Ele disse à mulher que vai provar sua inocência. Segundo Cristiane, seu marido afirmou estar "mexendo com
interesses de poderosos" ao investigar pessoas influentes na cidade.
"Ele acha que alguém está tramando para derrubá-lo, mas ele
está contratando advogado e vai
provar a sua inocência", afirmou a
mulher do delegado.
Extorsão
Dois policiais civis estão presos e
um está foragido, em Londrina
(norte do PR), acusados de tentativa de extorsão.
O escrivão José Antônio Alves de
Camargo e o investigador Róbson
Avancini estão presos desde a tarde de anteontem. Outro acusado, o
investigador Daniel Pinto de Melo,
estava foragido na final da tarde de
ontem.
Os três são acusados de tentar extorquir R$ 4.000 da empresária Elizabeth Moraes Machado. Camargo
negou a acusação. A Agência Folha
não conseguiu falar com Avancini.
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