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São Paulo, domingo, 27 de abril de 2003

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Secretária só teve ânimo após terapia

DA REPORTAGEM LOCAL

A menopausa veio para derrubar, com ondas de calor, tristeza e desânimo, problemas no relacionamento.
A secretária Maria Tenório da Costa, 50, diz que só teve ânimo para voltar a trabalhar, fazer ginástica e namorar com a terapia hormonal. Ela participa de pesquisa para a verificação dos efeitos da reposição de estrogênio -hormônio produzido nos ovários, cuja secreção cessa na menopausa - combinada com hormônio masculino, testosterona. O objetivo é checar principalmente efeitos sobre a qualidade da vida sexual das pacientes, diz Sônia Regina Lenharo Penteado, ginecologista do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Mesmo tomando medicamentos antidepressivos, Leonice Martins Parisi, 56, diz que sentiu uma piora do humor quando parou a terapia hormonal há alguns meses. "Acho que piorou minha qualidade de vida."
"Temos no outro extremo uma população entrando na menopausa ou "menopausada", com calores, suores, se queixando ou não de alterações psicológicas em que o uso do estrógeno pode ser superpositivo, melhorar o humor", afirma o psiquiatra Cláudio Novaes Soares, autor de trabalho publicado em uma das mais importantes revistas de psiquiatria estrangeiras sobre os benefícios do estrogênio até em depressões graves.
"Funcionou independentemente da presença de sintomas físicos", diz. O resultado ocorreu com estradiol (um tipo de estrogênio) aplicado por via transdérmica (na pele), pela qual a droga cai direto na circulação.


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