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Órgãos do governo
estão sem comando
da Sucursal de Brasília
A seca no Nordeste chega ao
ponto crítico de invasões de cidades e saques de mercados pela população rural sem que o governo
federal tenha um comando nos
principais órgãos envolvidos na
assistência aos flagelados.
O superintendente da Sudene
(Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), general
Newton Rodrigues, saiu de licença
na semana passada e não reassumirá o cargo. Caberá à Sudene
coordenar a distribuição de cestas
básicas.
A Conab (Companhia Nacional
de Abastecimento), que fará a distribuição de alimentos para os flagelados, está sendo dirigida interinamente pelo diretor de Administração Roberto Campos Marinho.
O ex-presidente da Conab Francisco Turra assumiu o Ministério
da Agricultura e seu sucessor definitivo ainda não foi indicado. Marinho, antes da Conab, era assessor da Câmara dos Deputados.
Além disso, na sexta-feira foi demitido o secretário nacional de
Políticas Regionais, Fernando Catão. A secretaria é que vai bancar a
compra de cestas básicas pela Conab para distribuição aos flagelados. A verba é da Defesa Civil, vinculada à secretaria.
A Conab também fará leilões para trocar alimentos in natura, que
tem em estoque, por alimentos
prontos para o consumo.
Fernando Catão disse, ao deixar
a secretaria, que a distribuição
emergencial de alimentos "será
um sucesso" e que sua continuidade não depende das pessoas que
estavam nos cargos. Apesar disso,
a Conab ainda não tem nem mesmo a lista de municípios atingidos
pela seca, para onde deverá remeter os alimentos dos flagelados.
A Conab estima que a distribuição de cestas básicas deverá durar
sete meses, para cerca de um milhão de famílias. Cada cesta custa
R$ 9 para o governo.
Serão distribuídos, em cada cesta básica, 25 kg de alimentos: dez
kg de arroz, cinco kg de feijão, cinco kg de flocos de milho, três kg de
macarrão e dois kg de farinha de
mandioca.
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