|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EDUCAÇÃO
Projeto paga parte da mensalidade de alunos que trabalharem durante fim de semana como monitores em escolas estaduais
SP anuncia 25 mil bolsas para universitários
ARMANDO PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Universitários de baixa renda
vão receber bolsas integrais de estudo para ensinar artes, esportes e
dar qualificação profissional aos
estudantes das escolas públicas
do Estado de São Paulo.
O programa, chamado de Escola da Família: Espaços da Paz, dará 25 mil bolsas. Além de serem
beneficiados, os universitários
vão ajudar também a preservar as
6.100 escolas estaduais.
Eles serão monitores de atividades esportivo-culturais, como capoeira e aulas de informática,
dentro das escolas aos finais de semana. A ocupação dos espaços,
segundo a Secretaria de Estado da
Educação, permite opções de lazer aos moradores do entorno e
evita a depredação dos colégios.
O projeto, que começa em agosto, foi anunciado ontem pelo Estado. Unesco e Fundação Ayrton
Senna, parceiras do projeto, fornecerão conhecimento técnico
para a implantação do programa.
Os selecionados estudarão de
graça. Pelo regulamento, o Estado
pagará metade da mensalidade e
faculdades que integrarem o projeto arcarão com a outra metade.
O valor que o Estado pagará será de até R$ 267 por mês. Para as
entidades, só deverão aderir faculdades que tenham cursos com
mensalidades de até R$ 534.
O custo total do programa para
o governo do Estado no próximo
semestre será de R$ 59,8 milhões
-R$ 40 milhões para as bolsas e
R$ 19,8 milhões para a estrutura e
a preparação do pessoal.
Regras de seleção
Só podem participar alunos matriculados em unidades de ensino
superior credenciadas. A adesão
das instituições é voluntária.
Também é exigido que o universitário tenha feito os três anos
de ensino médio em escolas estaduais e que não receba outro tipo
de bolsa ou incentivo.
Os candidatos precisam ter disponibilidade para trabalhar 20
horas por semana -o que significa o dia inteiro no sábado e no domingo, além de quatro horas de
planejamento durante a semana.
Terão preferência candidatos
que não tenham casa própria e
com renda familiar mais baixa.
Também ser arrimo de família ou
viver com um parente com doença crônica são pontos de desempate. Terá prioridade ainda quem
estiver fazendo cursos de licenciatura (que formam professores).
O início das inscrições das faculdades foi ontem, e a Secretaria da
Educação não tinha o número de
adesões. Uma reunião sobre o
projeto contou com 160 instituições, segundo a secretaria.
Entidades que representam faculdades e universidades privadas
apóiam o programa, com algumas restrições. A vantagem para
as instituições é que a medida minimiza os efeitos da inadimplência.
Cada escola terá de dois a seis
universitários como monitores.
Haverá um educador profissional
em cada colégio para orientar as
atividades dos universitários.
As inscrições dos universitários
podem ser feitas entre 11 e 25 de
junho, só pela internet (veja endereço abaixo). Para obter o formulário, é preciso clicar no item
"Bolsistas", no lado esquerdo da
tela. O site também tem o regulamento completo da seleção.
Para as instituições de ensino
superior aderirem ao programa,
as inscrições vão até 12 de junho,
no mesmo site. Para acessar o formulário, deve ser clicado o item
"Convênio". O treinamento dos
universitários será em julho.
Saiba mais sobre o programa:
www.escoladafamilia.sp.gov.br
Texto Anterior: Repercussão Próximo Texto: Com ressalvas, universidades aprovam projeto Índice
|