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São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 2003

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EDUCAÇÃO

Projeto paga parte da mensalidade de alunos que trabalharem durante fim de semana como monitores em escolas estaduais

SP anuncia 25 mil bolsas para universitários

ARMANDO PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Universitários de baixa renda vão receber bolsas integrais de estudo para ensinar artes, esportes e dar qualificação profissional aos estudantes das escolas públicas do Estado de São Paulo.
O programa, chamado de Escola da Família: Espaços da Paz, dará 25 mil bolsas. Além de serem beneficiados, os universitários vão ajudar também a preservar as 6.100 escolas estaduais.
Eles serão monitores de atividades esportivo-culturais, como capoeira e aulas de informática, dentro das escolas aos finais de semana. A ocupação dos espaços, segundo a Secretaria de Estado da Educação, permite opções de lazer aos moradores do entorno e evita a depredação dos colégios.
O projeto, que começa em agosto, foi anunciado ontem pelo Estado. Unesco e Fundação Ayrton Senna, parceiras do projeto, fornecerão conhecimento técnico para a implantação do programa.
Os selecionados estudarão de graça. Pelo regulamento, o Estado pagará metade da mensalidade e faculdades que integrarem o projeto arcarão com a outra metade.
O valor que o Estado pagará será de até R$ 267 por mês. Para as entidades, só deverão aderir faculdades que tenham cursos com mensalidades de até R$ 534.
O custo total do programa para o governo do Estado no próximo semestre será de R$ 59,8 milhões -R$ 40 milhões para as bolsas e R$ 19,8 milhões para a estrutura e a preparação do pessoal.

Regras de seleção
Só podem participar alunos matriculados em unidades de ensino superior credenciadas. A adesão das instituições é voluntária.
Também é exigido que o universitário tenha feito os três anos de ensino médio em escolas estaduais e que não receba outro tipo de bolsa ou incentivo.
Os candidatos precisam ter disponibilidade para trabalhar 20 horas por semana -o que significa o dia inteiro no sábado e no domingo, além de quatro horas de planejamento durante a semana.
Terão preferência candidatos que não tenham casa própria e com renda familiar mais baixa. Também ser arrimo de família ou viver com um parente com doença crônica são pontos de desempate. Terá prioridade ainda quem estiver fazendo cursos de licenciatura (que formam professores).
O início das inscrições das faculdades foi ontem, e a Secretaria da Educação não tinha o número de adesões. Uma reunião sobre o projeto contou com 160 instituições, segundo a secretaria.
Entidades que representam faculdades e universidades privadas apóiam o programa, com algumas restrições. A vantagem para as instituições é que a medida minimiza os efeitos da inadimplência.
Cada escola terá de dois a seis universitários como monitores. Haverá um educador profissional em cada colégio para orientar as atividades dos universitários.
As inscrições dos universitários podem ser feitas entre 11 e 25 de junho, só pela internet (veja endereço abaixo). Para obter o formulário, é preciso clicar no item "Bolsistas", no lado esquerdo da tela. O site também tem o regulamento completo da seleção.
Para as instituições de ensino superior aderirem ao programa, as inscrições vão até 12 de junho, no mesmo site. Para acessar o formulário, deve ser clicado o item "Convênio". O treinamento dos universitários será em julho.

Saiba mais sobre o programa:
www.escoladafamilia.sp.gov.br


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