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Particulares tentam mudar projeto do MEC
ANA FLOR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma ofensiva das entidades privadas de ensino superior, em especial as filantrópicas, tenta modificar no Congresso Nacional o
Prouni (Universidade para Todos), proposto pelo Ministério da
Educação.
O projeto de lei que muda as regras para a concessão de bolsas de
estudo em universidades particulares tramita em regime de urgência na Câmara. Caso aprovadas,
as modificações defendidas pelas
entidades esvaziariam os principais pontos do programa.
A principal alteração sugerida é
desobrigar universidades filantrópicas a destinar 20% das vagas
para bolsas integrais a alunos com
renda per capita familiar de até
um salário mínimo. As instituições querem continuar concedendo bolsas parciais e pedem
que sejam considerados carentes
estudantes com renda per capita
de até três salários mínimos.
As entidades com fins lucrativos
querem baixar de 10% para 5% as
vagas a serem transformadas em
bolsas para carentes. No projeto
do governo, em troca das bolsas
as universidades ganham isenção
de quatro impostos.
O lobby das entidades de ensino
superior na Câmara pede ainda
que os alunos bolsistas passem
por alguma seleção da universidade, como o vestibular. No programa, a escolha dos estudantes
seria coordenada pelo MEC.
O Prouni vincula credenciais de
instituições de ensino superior no
Fies (Fundo de financiamento ao
Estudante de Ensino Superior) à
concessão das bolsas integrais.
"Como não houve negociação,
o que nos resta é tentar substitutivos [na Câmara]", diz José Walter
Pereira dos Santos, diretor-executivo da Associação Nacional das
Universidades Particulares.
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