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GUARULHOS
Deputado acusa Paulo Roberto Cecchinato de enriquecimento ilícito
Vereador é acusado de triplicar bens
GONZALO NAVARRETE
da Reportagem Local
O deputado estadual Elói Pietá
(PT) entrou ontem no Ministério
Público de Guarulhos com uma
representação de enriquecimento
ilícito contra o vereador Paulo
Roberto Cecchinato (PDT), um
dos 19 parlamentares acusados
pelo prefeito de Guarulhos, Jovino Cândido (PV), de participar de
um esquema de corrupção.
O patrimônio do vereador quase triplicou nos últimos quatro
mandatos, de acordo com evolução patrimonial elaborada a partir dos bens declarados oficialmente pelo próprio vereador.
Cecchinato afirmou que tem
como comprovar todos os seus
bens e rendimentos. Ele disse
também que vai processar o deputado Elói Pietá.
O vereador listou nove bens na
declaração feita em 83, ao tomar
posse no segundo mandato, entre
eles quatro casas, duas linhas telefônicas e dois veículos.
Em 97, quando assumiu o seu
quinto mandato, o número de
bens (entre imóveis, terrenos, veículos e máquinas usadas na construção civil) saltou para 23.
Após a declaração feita em 97,
Pietá informou que o vereador
ainda adquiriu outro dois imóveis: uma casa em Campos do Jordão (175 km a nordeste de São
Paulo) e outra na Riviera de São
Lourenço, em Bertioga (102 km a
sudeste de São Paulo).
Os investimentos totalizariam
quase R$ 600 mil.
Segundo o deputado, a evolução patrimonial não condiz com
as informações oficiais prestadas
pelo vereador na Câmara, segundo as quais Cecchinato não tem
nenhuma outra fonte de renda a
não ser a salário de vereador. O
salário atual de um vereador em
Guarulhos é de R$ 4.500.
"O vereador fez uma fortuna
considerável, sem que tivesse fontes de renda compatíveis com a
construção desse patrimônio",
disse Pietá. "Isso mostra que a
função de vereador em Guarulhos
é extremamente lucrativa."
Representação
O deputado Elói Pietá afirmou
também que pretende apresentar
representação por enriquecimento ilícito contra outros três vereadores de Guarulhos: Waldomiro
Ramos (PTB), Roberto Ribeiro
(PMDB) e Oswaldo Celeste Filho
(PPB).
Todos, segundo Pietá, dobraram o patrimônio desde 1983.
Os três também estão sendo investigados pelo Ministério Público e pela Polícia Civil porque foram citados pelo prefeito Jovino
Cândido nas gravações que detonaram as investigações de um suposto esquema de corrupção envolvendo vereadores de Guarulhos.
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