|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Secretários querem R$ 320 mi a
mais para compra de remédios
da Sucursal de Brasília
O Conass (Conselho Nacional de
Secretários Estaduais da Saúde)
quer que o governo federal invista
no ano que vem R$ 320 milhões a
mais na compra de medicamentos
em relação às aquisições que serão
feitas em 98 (R$ 618 milhões).
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Barjas Negri,
disse que está trabalhando com a
possibilidade de aumentar em cerca de R$ 160 milhões o orçamento
para medicamentos em 99.
Os secretários temem que haja
desabastecimento de remédios
não relacionados ao tratamento
da Aids se não houver o aumento.
Eles reivindicam também uma
maior descentralização no processo de aquisição dos produtos.
"Nos últimos três anos, houve
um grande aumento de gastos
com medicamentos para atender
aidéticos. O aumento não foi verificado em gastos com outros remédios de programas tradicionais
importantes", disse Julio Muller
Neto, presidente do Conass.
A proposta de aumento de gastos foi apresentada ontem, durante mesa-redonda da entidade sobre descentralização da assistência
farmacêutica. Pelo projeto, o governo federal continuaria comprando de forma centralizada e repassando para os Estados os remédios estratégicos, como hoje.
Fazem parte da categoria os medicamentos para Aids, insulina,
hemoderivados, os relacionados à
pneumologia e dermatologia sanitária e os destinados a combates de
endemias, como hanseníase.
Com os R$ 320 milhões, Estados
e municípios ficariam responsáveis pela aquisição dos demais medicamentos que comporiam os
programas locais de assistência
farmacêutica, como os de controle
de doenças cardiovasculares, reumáticas, atenção à saúde da mulher e saúde mental e os que compõem a farmácia básica (analgésicos, vermífugos, antidiarréicos).
Os R$ 320 milhões seriam repassados diretamente aos Estados e
municípios junto com o PAB (Piso
da Atenção Básica). Com o piso, o
governo paga um valor per capita
para a assistência em saúde. Os R$
320 milhões representariam cerca
de R$ 2 per capita a mais no PAB.
Em contrapartida, os Estados e
municípios se comprometeriam a
investir R$ 1 per capita para medicamentos, o que significaria cerca
de R$ 160 milhões.
(BB)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|