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Boato fecha comércio no bairro da Tijuca
DA SUCURSAL DO RIO
Um boato de que traficantes
promoveriam um "arrastão" ontem à tarde amedrontou o bairro
de classe média da Tijuca, na zona
norte do Rio. Lojas da praça Saens
Peña, centro comercial do bairro,
fecharam ou baixaram suas portas, temendo a invasão de moradores de favelas vizinhas. Até o
Banco do Brasil, em frente à estação do metrô, desceu suas grades.
Protestos violentos de moradores de favelas, geralmente em represália a ações da polícia, têm sido comuns este ano no Rio. O último aconteceu há uma semana,
quando favelados desceram o
morro da Providência (centro da
cidade), interromperam o trânsito e depredaram três ônibus, após
a morte de um suposto traficante.
O boato que amedrontou a Tijuca ontem dizia que o arrastão
seria em protesto contra a morte
de um traficante. Segundo alguns
comerciantes da praça Saens Peña, a ação seria desencadeada por
moradores do morro do Salgueiro. Para outros, eles viriam do
morro do Borel. Na dúvida, todos
ficaram em alerta.
O 6º batalhão da Polícia Militar,
responsável pela área, não confirmou a morte de qualquer traficante e disse que não sabia a origem do boato, embora tenha
mandado reforços para a área.
Um PM orientava os comerciantes a abrirem as lojas, afirmando
que estava tudo sob controle.
""Esse boato botou a praça em
pânico. Ele começou na segunda-feira, mas hoje (ontem), às 13h30,
disseram que a manifestação seria
em forma de arrastão, depois do
enterro do traficante", disse o gerente da loja de departamento
C&A, Walneci da Silva Andrade.
Alguns comerciantes, com medo, se recusavam a comentar o
ambiente de intranquilidade.
""Prefiro não comentar. É tudo
gente boa", disse um deles.
O Centro Educacional Henry
Dunnat cancelou suas provas.
""Vários alunos ligaram para a escola e a diretora decidiu que não
haveria prova", disse o aluno José
Leonardo Ferreira Furtado.
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