São Paulo, segunda-feira, 27 de novembro de 2006

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Zilda Arns diz que vai deixar a Pastoral no ano que vem

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O próximo ano será o último de Zilda Arns, 72, na coordenação da Pastoral da Criança. Depois de criar e fazer a comissão ramificar por todo o país em 23 anos de existência, o plano da médica sanitarista agora é espalhar "pastorais" para outros países onde há crianças morrendo de fome e desidratadas.
A mudança será em dezembro de 2007. A pessoa que irá substituí-la sairá de uma lista tríplice pelos bispos que compõem a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
""Não vou abandonar a pastoral de jeito nenhum. Uma mãe não abandona o filho, mas ele já é capaz de andar com as próprias pernas", diz.
O que ela passa adiante é a administração de uma entidade que movimenta um orçamento de R$ 32 milhões ao ano.
A pastoral é reconhecida como entidade que conseguiu derrubar as taxas de mortalidade infantil onde atua, o que já rendeu à entidade e à coordenadora indicação para o Prêmio Nobel da Paz.
Irmã do cardeal d. Paulo Evaristo Arns, Zilda Arns diz que a mudança em vista não é uma interferência da CNBB. "Fui eu quem quis", afirma. Segundo ela, há muitas pessoas envolvidas na organização em condições de administrá-la.
A "alternância de missão", como a coordenadora define, resulta de mudança no estatuto proposta pela coordenadora, neste ano. Ele limita o tempo do próximo coordenador a um mandato de quatro anos, com reeleição por mais quatro.
Ela diz que, no futuro, pretende estruturar uma Pastoral no Timor Leste.


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