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Grupo agia em restaurantes de São Paulo
Casais são presos
por furto de bolsas
da Reportagem Local
A polícia prendeu ontem em
flagrante dois casais acusados
de furtar bolsas e pastas em
restaurantes dos Jardins (zona
sudoeste) e do centro de São
Paulo. Bem vestidos e levando
uma criança, os quatro estavam saindo de um restaurante
com a bolsa de uma arquiteta.
A Delegacia de Furtos do Depatri (Departamento de Investigação Sobre Crimes Contra o
Patrimônio) estava apurando a
ação desse grupo havia cerca
de 15 dias.
Os investigadores receberam
a informação de que a quadrilha se reunia antes dos furtos
(quando o ladrão age sem violência contra a pessoa) num
bar frequentado por chilenos
próximo à estação ferroviária
da Luz (região central).
Ontem, três equipes de investigadores com carros particulares foram ao bar com a missão de seguir todo chileno que
deixasse o local.
Entre os seguidos estavam
Gregório Antônio Tapia Crispi, 55, Soledad Ramos Aniceto,
40, Jorge Alberto Montes Villalobos, 40, Jessy Mariza Chuy
Moy, 40, e o menino L.V.R., 6.
Os homens vestiam terno e
gravata e levavam pastas nas
mãos. Eles e as mulheres entraram no restaurante Galeto Caipira, na esquina da avenida São
João com a avenida Ipiranga
(região central de SP).
Três investigadores ficaram
esperando os casais do lado de
fora. Após algum tempo, os
acusados deixaram o restaurante. Imediatamente eles foram abordados pelos policiais,
mas Villalobos conseguiu escapar correndo.
Com os outros, os investigadores acharam a bolsa da arquiteta Gisele Aparecida Correa, 25. Outras duas equipes de
policiais passaram a procurar o
fugitivo. Elas conseguiram encontrá-lo e detiveram-no no
centro da cidade cerca de 40
minutos depois.
Eles não quiseram dar entrevista e não prestaram depoimento à polícia. "Esse grupo
escolhe, principalmente, restaurantes movimentados e
bem frequentados", disse o delegado Manoel Camassa.
De acordo com ele, o grupo
levava a criança para não levantar suspeitas. "Eles se comportavam como se fossem uma
família."
No restaurante, a quadrilha
observava as mesas e escolhia a
pasta ou a bolsa de um cliente
distraído.
O grupo não comia. "Após o
furto, eles deixavam tranquilamente o restaurante como se o
estabelecimento não os tivesse
agradado."
O delegado disse que irá verificar na Polícia Federal se os
presos estão ou não ilegais no
Brasil -Crispi é chileno e os
outros são peruanos.
(MG)
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