São Paulo, sábado, 28 de fevereiro de 1998

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Grupo agia em restaurantes de São Paulo
Casais são presos por furto de bolsas

da Reportagem Local

A polícia prendeu ontem em flagrante dois casais acusados de furtar bolsas e pastas em restaurantes dos Jardins (zona sudoeste) e do centro de São Paulo. Bem vestidos e levando uma criança, os quatro estavam saindo de um restaurante com a bolsa de uma arquiteta.
A Delegacia de Furtos do Depatri (Departamento de Investigação Sobre Crimes Contra o Patrimônio) estava apurando a ação desse grupo havia cerca de 15 dias.
Os investigadores receberam a informação de que a quadrilha se reunia antes dos furtos (quando o ladrão age sem violência contra a pessoa) num bar frequentado por chilenos próximo à estação ferroviária da Luz (região central).
Ontem, três equipes de investigadores com carros particulares foram ao bar com a missão de seguir todo chileno que deixasse o local.
Entre os seguidos estavam Gregório Antônio Tapia Crispi, 55, Soledad Ramos Aniceto, 40, Jorge Alberto Montes Villalobos, 40, Jessy Mariza Chuy Moy, 40, e o menino L.V.R., 6.
Os homens vestiam terno e gravata e levavam pastas nas mãos. Eles e as mulheres entraram no restaurante Galeto Caipira, na esquina da avenida São João com a avenida Ipiranga (região central de SP).
Três investigadores ficaram esperando os casais do lado de fora. Após algum tempo, os acusados deixaram o restaurante. Imediatamente eles foram abordados pelos policiais, mas Villalobos conseguiu escapar correndo.
Com os outros, os investigadores acharam a bolsa da arquiteta Gisele Aparecida Correa, 25. Outras duas equipes de policiais passaram a procurar o fugitivo. Elas conseguiram encontrá-lo e detiveram-no no centro da cidade cerca de 40 minutos depois.
Eles não quiseram dar entrevista e não prestaram depoimento à polícia. "Esse grupo escolhe, principalmente, restaurantes movimentados e bem frequentados", disse o delegado Manoel Camassa.
De acordo com ele, o grupo levava a criança para não levantar suspeitas. "Eles se comportavam como se fossem uma família."
No restaurante, a quadrilha observava as mesas e escolhia a pasta ou a bolsa de um cliente distraído.
O grupo não comia. "Após o furto, eles deixavam tranquilamente o restaurante como se o estabelecimento não os tivesse agradado."
O delegado disse que irá verificar na Polícia Federal se os presos estão ou não ilegais no Brasil -Crispi é chileno e os outros são peruanos. (MG)


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