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Olivetto evita ficar frente a frente com sequestradores em depoimento
PALOMA COTES
DA REPORTAGEM LOCAL
O publicitário Washington Olivetto não quis ficar "frente a frente" com parte da quadrilha que o
sequestrou em dezembro do ano
passado e o manteve em cativeiro
por 53 dias. Olivetto foi sequestrado em 11 de dezembro, ao sair de
sua agência, a W/Brasil.
Ontem, em depoimento à Justiça que durou cerca de seis horas,
Olivetto pediu à juíza Kenarik
Boujikian Felippe, da 19ª Vara
Criminal e responsável pelo processo, que os seis sequestradores
não ficassem na sala de audiência
durante o depoimento.
Segundo Iberê Bandeira de Mello Filho, um dos advogados de
defesa dos réus, "o depoimento
dele foi muito parecido com a entrevista coletiva que Olivetto concedeu depois da libertação."
O publicitário chegou ao Fórum
Ministro Mário Guimarães, na
Barra Funda (zona oeste), às 8h20
escoltado por três carros, um deles da divisão Anti-Sequestro. Ele
foi acompanhado da mulher, Patrícia Viotti, de um sócio, Javier
Llusa e pelo delegado da divisão
Anti-Sequestro, Wagner Giudice.
Às 9h, Olivetto começou a depor, acompanhado da advogada,
Liliana de Souza e Silva.
Quatro dos seis sequestradores
estão presos na Casa de Custódia
de Taubaté e chegaram ao Fórum
somente ao meio-dia. Mesmo assim, o publicitário reiterou o pedido de não-permanência de nenhum deles na sala.
O processo corre em segredo de
Justiça. Os advogados dos sequestradores já listaram pelo menos 18
testemunhas de defesa para o caso. Seriam argentinos, chilenos e
colombianos ligados à Frente Patriótica Manuel Rodríguez
(FPRM) e ao Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR). A
idéia da defesa é comprovar, através desses depoimentos, a ligação
dos sequestradores presos aos
grupos revolucionários.
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