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Foi o 1º acidente em 30 anos,
diz Eletropaulo
DA REPORTAGEM LOCAL
A Eletropaulo informou que
não há registro de acidentes com
helicópteros nos 30 anos em que a
empresa executa inspeção aérea
em linhas de transmissão.
Para fazer o trabalho, o helicóptero fica a cerca de 15 metros de
distância da linha e a 30 metros do
solo. Pelas regras da aviação civil,
os helicópteros devem voar a pelo
menos 150 metros do chão.
Segundo o presidente da Eletropaulo, Eduardo José Bernini, a
concessionária possui autorização especial dos órgãos de aviação
civil para realizar o vôo. A Eletropaulo trabalha com a Plana Brasil
desde meados do ano passado.
Bernini disse ainda que a empresa inspeciona três vezes por
ano os 1.700 km de linha de transmissão que possui em São Paulo e
em outros 23 municípios de sua
área de concessão. Isso totaliza
cerca de 150 horas de vôo anuais.
Cada inspeção não passa de duas
horas. Vinte funcionários da empresa são treinados para o serviço.
O trabalho de inspeção é feito
por dois funcionários. Um fica
com um binóculo para ver possíveis problemas, e o outro usa um
aparelho de termovisão que permite identificar se há alteração de
temperatura, em pontos da linha,
que indique um defeito. O profissional anota o trecho do problema, e uma equipe de técnicos
conserta a linha por terra.
Em nota, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) disse que
tanto o helicóptero como o piloto
tinham a documentação correta.
O piloto era habilitado e estava
com os exames de saúde em dia.
O acidente aéreo de ontem é o
oitavo registrado no país neste
ano. Em 2005, foram 14 acidentes
-dois desses em São Paulo. A capital paulista é a segunda cidade
do mundo em número de helicópteros, são quase 500.
Para Carlos Artoni, presidente
da Associação dos Pilotos de Helicóptero do Estado de São Paulo,
os vôos de inspeção da fiação elétrica são críticos e exigem experiência do piloto. "É um vôo tenso", diz ele, que já trabalhou durante três anos fazendo inspeção
das linhas da Eletropaulo.
(LUÍSA BRITO e CLÁUDIA COLLUCCI)
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