São Paulo, terça, 28 de julho de 1998

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Mais três acusados da Naval serão julgados

da Reportagem Local

Está marcado para hoje, na 1ª Auditoria da Justiça Militar de São Paulo, o julgamento dos outros três ex-PMs acusados de envolvimento no caso da favela Naval, em Diadema (Grande SP).
Na madrugada da última sexta-feira, a 1ª Auditoria condenou cinco dos oito ex-PMs (eles já foram expulsos da corporação) envolvidos no caso às penas máximas previstas para os crimes de lesão corporal leve e de prevaricação. Esta foi a primeira condenação dos envolvidos.
Hoje está previsto o julgamento dos ex-PMs Otavio Lourenço Gambra, o Rambo, Ricardo Luiz Buzeto e Rogério Neri Bonfim.
O julgamento desses ex-PMs não aconteceu no mesmo dia dos outros cinco réus porque o advogado de Gambra, Gamalher Corrêa, alegou motivo de doença para não permanecer no julgamento.
Já Pedro Miguel, advogado dos ex-PMs Ricardo Luiz Buzeto e Rogério Neri Bonfim, alegou que tinha outra audiência. Na ausência dos advogados, os três não poderiam ser julgados.

Novo adiamento
É provável que o julgamento de Gambra ainda não seja realizado hoje. Isso porque o atestado médico apresentado por Corrêa à Justiça informava que o defensor deveria se afastar de suas atividades normais até 2 de agosto.
Os três ex-PMs também serão julgados pelos mesmos crimes pelos quais os outros cinco réus foram condenados.
No primeiro julgamento, as penas variaram entre um ano e oito meses e três anos e nove meses de detenção.
A quatro dos réus foi concedido o regime aberto e a um deles, o semi-aberto. O julgamento da semana passada demorou 16 horas.
Os PMs foram flagrados por um cinegrafista, em março de 97, espancando e torturando pessoas que passavam pelo local. O conferente Mario Josino foi morto a tiros durante a ação.
A maior pena recaiu sobre o ex-PM Nelson Soares da Silva Júnior. Responsabilizado por três agressões e uma prevaricação, a ele foi determinado o regime semi-aberto. (ANDRÉ LOZANO)



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