|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Promotor defende medida
LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Reportagem Local
Para o promotor Ebenezer Salgado Soares, da Vara da Infância e
da Juventude de São Paulo, a atitude da Secretaria da Segurança
Pública de colocar policiais dentro da Febem é uma reação compatível com a situação de emergência vivida pela instituição.
"Do jeito que estava, não podia
continuar", afirmou Soares.
"A instituição abriga menores
que praticaram crimes graves.
Não é possível generalizar e dizer
que são menores carentes. São
adolescentes que praticaram algum ato criminal. Era preciso fazer algo", disse o promotor.
O presidente da Comissão de
Direitos Humanos da seccional
paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Pedro
Dallari, critica a medida.
"A presença da polícia na Febem é uma forma de mascarar os
problemas da instituição."
Para ele, a origem das fugas está
no tratamento precário dado aos
internos. "Pelo jeito, os maus-tratos vão continuar, mas lá estará a
Polícia Militar armada para impedir que os meninos tentem fugir."
Para Dallari, o melhor seria respeitar o estatuto do menor e melhorar o ambiente da Febem.
O sociólogo Túlio Khan, do Ilanud -entidade da ONU que estuda violência e criminalidade-,
disse que o reforço da segurança
era necessário. "Não sei ainda se a
PM é a melhor opção para fazer a
segurança dos internos e como
essa segurança está sendo feita. Isso precisa ser questionado", disse.
Texto Anterior: Monitores protestam e ameaçam fazer greve dia 15 Próximo Texto: Marilene Felinto: Susep e seguros de saúde unidos contra todos Índice
|