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Prefeitura omitiu índice maior
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dado usado pela prefeitura
e até por Marta Suplicy (PT) nas
divulgações feitas até anteontem
sobre a variação das alíquotas do
IPTU progressivo limitava a 1,2%
o teto de cobrança do tributo no
próximo ano.
A porcentagem, que começaria
em 0,8%, foi mencionada, por
exemplo, em uma entrevista de
Marta à Folha anteontem, embora a variação da alíquota proposta
já estivesse definida em até 1,8%.
Os dois dados, na verdade, têm
sentido, embora o valor que importe e que valha para efeito de
cálculo do imposto seja o que tem
índice maior e que só foi divulgado ontem pela administração.
O problema ocorreu, principalmente, porque, ao divulgar uma
alíquota de até 1,2%, a administração deixou de mencionar um
detalhe importante: esse índice se
refere ao valor de mercado do
imóvel e não ao valor venal.
Exemplo: caso de um imóvel comercial com valor venal de R$ 500
mil e que pagará R$ 8.160 de imposto em 2002. O usual é informar que os R$ 8.160 correspondem a 1,63% do valor venal. Na
outra conta, ficaria em 1,14%.
Já o secretário municipal das Finanças, João Sayad, que chegou a
se confundir com as alíquotas durante entrevista na Câmara, deu
outra explicação. Segundo ele, a
divulgação inicial de que as alíquotas iriam ficar entre 0,8% e
1,2% referia-se a uma alíquota
média a ser aplicada no cálculo do
novo imposto. Isso porque o cálculo prevê a divisão do valor de
um mesmo imóvel em faixas e
aplicação de diferentes alíquotas.
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