MÁRIO TONOCCHI
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

A Polícia Civil de Campinas já identificou os três homens que estavam no Vectra prata que pode ter sido utilizado no assassinato do prefeito Antonio da Costa Santos (PT), no último dia 10.
O Vectra prata foi apreendido pela polícia pouco depois do crime, na avenida Mackenzie, ainda perto do local do assassinato.
Oficialmente, o delegado-seccional, Osmar Porcelli, diz que as impressões digitais achadas no espelho retrovisor do Vectra ainda estão sendo usadas para confrontar com digitais de suspeitos.
Para investigadores que trabalham no caso, a prisão dos acusados é iminente. O problema, para a polícia, é fazer a prisão de maneira exata, com a apreensão da pistola 9 milímetros usada no assassinato. Sem a arma, avaliam investigadores, a sustentação das acusações poderia ser prejudicada em um processo na Justiça.
Para Porcelli, a construção das provas contra os três suspeitos, caso sejam encontrados, também pode ser feita através de depoimentos que a polícia mantém em sigilo. "Temos as provas técnicas das digitais que estavam no Vectra e outras provas testemunhais que são importantes."
Mesmo com a identificação dos ocupantes do Vectra, na linha de investigação de assalto frustrado, também estão em andamento outras duas linhas de investigações: crime contra a pessoa do prefeito e crime com motivação política.
"Também estamos investigando pessoas de dentro da prefeitura na linha de investigação de crime de motivação política", disse o delegado, sem dar detalhes.
A Folha confirmou com pessoas ligadas à investigação e à administração que o prefeito chegou a montar uma pequena rede de informações para poder suspender qualquer movimento nas secretarias e órgãos que levassem a suspeitas de fraudes.



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