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CAMPINAS
Adolescentes apontam um fugitivo da Febem como assassino
Doze são indiciados por morte de estudante
CLAUDIO LIZA JUNIOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
DIOGO PINHEIRO
DA FOLHA CAMPINAS
A Polícia Civil de Campinas indiciou ontem 12 jovens, de 15 a 17
anos, entre eles três meninas, por
participação no assassinato do estudante Amilton José Machado
Souza Júnior, 15, espancado e
morto com um tiro nas costas
após sair da escola estadual Adalberto Nascimento, anteontem.
A polícia disse ter chegado até o
grupo com informações de estudantes da própria escola. Segundo o delegado Marcos Antônio
Manfrim, o grupo admitiu o espancamento e indicou o autor do
tiro, A.O., 17, o Chambinho.
Segundo o delegado, Chambinho foi estimulado a atirar. Com o
estudante no chão, os outros teriam gritado "mata, mata".
O suposto assassino, fugitivo da
Fundação Estadual do Bem-Estar
do Menor (Febem), teria participado do espancamento a pedido
de D.B.J., 17, namorado de B.N.C.,
16, que se sentia incomodada com
brincadeiras do estudante morto.
Amilton foi espancado por 11
adolescentes, a maioria alunos de
uma escola na Vila 31 de Março.
Nove deles foram indiciados e
encaminhados para a Vara da Infância e Juventude. Dois estão foragidos, segundo a polícia.
"Ela [B.N.C." nega que tenha
pedido ao namorado para bater
nele, mas testemunhas a viram
apontando o estudante ao grupo", disse o delegado.
Segundo ele, a arma (não encontrada), fornecida por Chambinho, foi levada por uma jovem,
A.S.R., 17. A arma é de D., 17, que
não participou do crime, mas
também está sendo procurado.
Chambinho e D.B.J., que idealizou o espancamento, têm passagem por roubo a ônibus.
Ontem, a Secretaria da Segurança Pública informou que vai apurar a suposta demora da Polícia
Militar em atender chamado da
escola para conter os jovens.
A diretora da escola, Maria
Cláudia Aparecida Sartori, disse
que chamou a PM às 11h30, para
fazer a segurança na saída dos
alunos. O crime ocorreu às 11h50;
os policiais teriam chegado às 12h.
Segundo o coordenador do 8º
Batalhão da PM, major Flávio
Luiz da Costa, um carro teria sido
deslocado para o local no momento em que recebeu o pedido.
Revólver na escola
A estudante Íris Cristina de Paula Luiz, 18, foi presa anteontem à
noite com um revólver calibre 22
na escola Cônego Barros, em Ribeirão Preto (314 km de SP). Ela
negou ser dona da arma.
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