São Paulo, sexta-feira, 28 de setembro de 2001

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Retenção salarial causa protestos

DA REPORTAGEM LOCAL

DA FOLHA RIBEIRÃO

Reitores ouvidos pela Folha consideraram positiva a reunião com o ministro Paulo Renato Souza. A decisão de reter os salários dos grevistas, no entanto, causou protestos.
O reitor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e vice-presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), Mozart Neves Ramos, considerou "muito boa" a proposta do MEC de criar a previdência complementar.
Segundo ele, além de atacar o "grande problema que a Andes coloca", o Regime Jurídico Único (RJU), o ministro sinalizou com a chance de incorporar parte das gratificações.
"Foi um avanço, não obstante a questão dos salários", disse. Para Roberto Bezerra, reitor da UFCE (Ceará), a proposta de Paulo Renato repete o RJU em sua essência, o que ele considerou "interessante". "Há a expectativa de volta ao trabalho dos servidores na semana que vem. No caso dos professores, não ficou claro."
A reitoria da UFSCar (São Carlos) considerou autoritária a medida de bloquear os salários. "É uma posição de força. Na greve passada, eles [o MEC" fizeram isso e as entidades de classe entraram com ações na Justiça e derrubaram", declarou o vice-reitor Romeu Cardozo Rocha Filho, 48.
Para Lauro Morhy, reitor da UnB (Universidade de Brasília), os reitores ficarão na linha de fogo porque terão de informar sobre a retenção salarial. "Nossa situação é mais difícil. Os reitores é que ficam na linha de fogo."


Colaborou a Sucursal de Brasília

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