DO "AGORA"

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou ontem a venda dos produtos de ginástica passiva -espécie de cinturões que emitem descargas elétricas pelo corpo- da empresa Polishop.
A resolução da Anvisa ocorreu depois que a Justiça de Brasília (DF) concedeu liminar à empresa Polimport Comércio Importação e Exportação -nome oficial da Polishop- permitindo a publicidade e a venda de sete produtos, que haviam sido proibidos pela Anvisa em 19 de agosto.
A decisão só vale para os produtos da Polishop. Outros cinco produtos similares -como o Elysée Belt- continuam proibidos.
De acordo com João Apolinário, diretor da Polishop, o que ocorreu foi uma grande "confusão". Segundo ele, os produtos da empresa não precisavam ser registrados no Ministério da Saúde.
Para o diretor da empresa, a maior parte dos problemas com relação a esse tipo de produto deve-se à falsificação, que seria feita em larga escala.
No mês passado, uma operação da polícia apreendeu na região central da capital paulista 300 aparelhos falsificados.

Denúncias
Além da polêmica sobre a falta de registro no ministério, a restrição aos produtos considerou denúncias, feitas por cardiologistas, de que os cintos de abdominais oferecem riscos à saúde devido aos impulsos elétricos que contraem os músculos do usuário.
Na época em que os aparelhos foram proibidos pelo governo, a Associação de Cardiologistas de Santos alegou que os choques podiam causar arritmia cardíaca e, em casos extremos, até matar.
Na decisão, a Anvisa apresentou o relato de um consumidor que sofreu queimaduras ao utilizar um desses aparelhos.
O objetivo desse tipo de aparelho é reproduzir o que acontece na ginástica convencional, mas sem que o usuário precise fazer esforço físico.
Os produtos que foram liberados são: AB Force, Energym M (42/44), AB Tronic Pro, Fast ABS, AB Tronic Wonder Slim Shorts, AB Tronic Gel Condutor e Gel Condutor Polishop.


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