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EDUCAÇÃO
Para particulares, é preciso se adequar a tecnologias
Má formação de professores é uma das explicações para desempenho
DA REPORTAGEM LOCAL
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Para representantes de escolas
particulares, fatores como a dificuldade de adequação às novas
leis da educação brasileira, a má
formação dos professores e até
um nível de exigência maior na
prova de 99 podem explicar o desempenho dos alunos dos colégios privados em todo o Brasil.
Para Roberto Dornas, presidente da Confenen (Confederação
Nacional de Estabelecimentos de
Ensino), há o desinteresse do jovem, tanto da rede pública quanto
da paga, pela escola. "A escola
tem de mudar. Se ela ainda achar
que é apenas fonte de conhecimento, ficará cada vez mais difícil
disputar a atenção do aluno com
outras fontes de informação, como a TV e o computador."
O presidente da Confenen cita
uma falta de preparo do professor
para lidar com a tecnologia como
uma das explicações para essa falta de interesse. "O professor não
está preparado para trabalhar
com equipamento tecnológico
em sala de aula. Hoje, o computador na escola tem sido utilizado
muito mais como marketing do
que como objeto de trabalho."
Dornas aponta uma falha na filosofia do Saeb. Segundo ele, o
exame deveria avaliar sempre o
mesmo grupo de estudantes.
Segundo o presidente da Federação Nacional das Associações
de Pais, João Luiz Faria Neto Júnior, a defasagem tecnológica e
educacional do sistema de ensino
particular é indiscutível. "Para
que as escolas se tornem atrativas
para os alunos, é necessário que
haja um investimento alto. Os
pais não podem pagar por isso, e
os donos de escolas não querem
cortar sua margem de lucro."
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