DA REPORTAGEM LOCAL

Um acordo entre SPTrans (empresa municipal que cuida do transporte), Transurb (sindicato patronal) e sindicato dos motoristas colocou fim à paralisação de seis dias dos funcionários da viação Expresso Paulistano, que provocou caos no trânsito por três dias no centro de São Paulo.
Um dos termos do acordo colocou a SPTrans como anuente da empresa em empréstimo bancário para os pagamentos da primeira parcela do 13º na próxima terça-feira. O Transurb se comprometeu a pagar os salários que estavam atrasados até as 16h de ontem, e a operação da empresa, que transporta cem mil passageiros diariamente, começou a ser normalizada no final da tarde.
As negociações para pôr fim à greve foram feitas durante a madrugada e levaram os trabalhadores a suspender uma paralisação total do sistema que iria durar até as 7h de ontem.
A anuência da SPTrans, segundo a empresa, funciona como um consentimento para facilitar a obtenção do empréstimo da viação e também é encarada como uma garantia de pagamento às instituições que emprestam a verba.
Caso a Expresso Paulistano não quite a dívida que contraiu, a SPTrans poderá retirar da conta da empresa os créditos que esta receberia por operar no sistema.
A prefeitura alega que a prática da anuência é comum, mas não informou se já havia sido ou não usada nesta gestão. Na ata da reunião, os acordos são justificados como tentativa de evitar uma rescisão contratual da Expresso Paulistano e que os trabalhadores fiquem sem emprego.


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