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Comerciante reclama de exigências de alvará
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Entre comerciantes da av.
General Edgar Facó e adjacências, em Pirituba (zona norte de
São Paulo), o comentário é que
não há estabelecimento comercial com alvará nos arredores.
"Ninguém tem alvará por
aqui. Dizem que os imóveis estão todos irregulares. Podia haver uma anistia", afirma Rogério Ramalho, 36, proprietário
de uma revendedora de carros
usados, ainda sem alvará.
Um escritório de contabilidade a poucos quarteirões dali,
que costuma ser procurado por
interessados em abrir uma empresa, vive o mesmo problema
dos clientes: conseguir uma
planta aprovada.
"Ainda não temos a planta
aprovada. Faz um ano que estamos atrás. Tem que contratar
engenheiro e pagar as taxas da
prefeitura", diz Ronald Farias,
34, funcionário do escritório.
Proprietário de uma auto-elétrica nas redondezas, Agnaldo Francisco de Paula, 49, diz
que já desistiu de conseguir o
alvará de funcionamento de
seu estabelecimento. "Pra tudo
precisa de contador, advogado.
É muito documento, muita burocracia. Já desisti. Vou trabalhando até algo acontecer", diz.
Ele reclama que as exigências
hoje são exageradas. "Você precisa de dois banheiros para funcionar uma oficina mecânica?
Por que não facilitam pra poder
regularizar? Antes não exigiam
isso. Estou mais preocupado
porque o Kassab está exigindo
mais", diz de Paula.
Próximo dali, o dono de um
bar, que não quis se identificar,
diz que um fiscal já esteve no
local. "Fui ameaçado de ser lacrado por falta de alvará. Mas e
pra providenciar? É só dificuldade, com prefeitura, com proprietário [do imóvel, alugado],
com tudo", queixa-se.
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