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Mortos por febre amarela sobem para 19
Ministério da Saúde confirma mais duas mortes por doença; locais prováveis de infecção foram Goiás e Mato Grosso do Sul
Esse é o primeiro caso fatal registrado no Estado do Mato Grosso do Sul neste ano; n.º de casos registrados em 2008 subiu para 35
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Saúde confirmou ontem mais duas mortes por febre amarela silvestre,
com locais prováveis de infecção nos Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul. Esse é o primeiro caso fatal registrado no
Mato Grosso do Sul neste ano.
O número de mortos confirmados em 2008 subiu para 19, o
número de casos, para 35.
A suspeita confirmada em
Goiás é de uma mulher de 65
anos, e a de Mato Grosso do Sul
refere-se a um homem de 44
anos. Ambos foram infectados
pelo vírus em janeiro.
Goiás é responsável pelo
maior número de casos de febre amarela, contabilizando 21
das 35 infecções e 13 das 19
mortes. Em seguida, vem o Mato Grosso do Sul, com sete casos e uma morte provocada pela doença. O Distrito Federal
tem cinco casos e três mortes,
enquanto Mato Grosso registrou dois casos fatais.
Desde 2004 o país não registrava um número de casos
maior que seis por ano. Em
2000, foram 85 casos confirmados de febre amarela e 40 o
número de mortes, e em 2003,
64 casos e 23 mortes.
Habitualmente, as infecções
diminuem a partir de março.
Em 2000, o país registrou 25
casos em janeiro, outros 25 em
fevereiro e cerca de 15 em março -o restante dos casos distribuídos ao longo do ano.
Especialistas dizem acreditar que o total de casos neste
ano vai ficar num patamar menor que o de 2003 -em parte
pela vasta imunização da população ocorrida nos primeiros
meses do ano. Desde dezembro
do ano passado, foram aplicadas 7,6 milhões de doses da vacina, segundo o ministério.
A pasta recomenda que pessoas que tomaram a vacina em
menos de dez anos não se imunizem novamente.
Já foram confirmadas duas
mortes decorrentes de reações
à vacina: uma mulher de 79
anos, que havia recebido uma
dose da vacina na capital paulista, e a enfermeira Marizete
Borges de Abreu, 43, que tinha
ao menos três contra-indicações para a vacina (portadora
de lúpus, usava corticóide continuamente e não pretendia
viajar para áreas de risco).
(JOHANNA NUBLAT)
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