São Paulo, sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

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Mortos por febre amarela sobem para 19

Ministério da Saúde confirma mais duas mortes por doença; locais prováveis de infecção foram Goiás e Mato Grosso do Sul

Esse é o primeiro caso fatal registrado no Estado do Mato Grosso do Sul neste ano; n.º de casos registrados em 2008 subiu para 35

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Saúde confirmou ontem mais duas mortes por febre amarela silvestre, com locais prováveis de infecção nos Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul. Esse é o primeiro caso fatal registrado no Mato Grosso do Sul neste ano.
O número de mortos confirmados em 2008 subiu para 19, o número de casos, para 35.
A suspeita confirmada em Goiás é de uma mulher de 65 anos, e a de Mato Grosso do Sul refere-se a um homem de 44 anos. Ambos foram infectados pelo vírus em janeiro.
Goiás é responsável pelo maior número de casos de febre amarela, contabilizando 21 das 35 infecções e 13 das 19 mortes. Em seguida, vem o Mato Grosso do Sul, com sete casos e uma morte provocada pela doença. O Distrito Federal tem cinco casos e três mortes, enquanto Mato Grosso registrou dois casos fatais.
Desde 2004 o país não registrava um número de casos maior que seis por ano. Em 2000, foram 85 casos confirmados de febre amarela e 40 o número de mortes, e em 2003, 64 casos e 23 mortes.
Habitualmente, as infecções diminuem a partir de março. Em 2000, o país registrou 25 casos em janeiro, outros 25 em fevereiro e cerca de 15 em março -o restante dos casos distribuídos ao longo do ano.
Especialistas dizem acreditar que o total de casos neste ano vai ficar num patamar menor que o de 2003 -em parte pela vasta imunização da população ocorrida nos primeiros meses do ano. Desde dezembro do ano passado, foram aplicadas 7,6 milhões de doses da vacina, segundo o ministério.
A pasta recomenda que pessoas que tomaram a vacina em menos de dez anos não se imunizem novamente.
Já foram confirmadas duas mortes decorrentes de reações à vacina: uma mulher de 79 anos, que havia recebido uma dose da vacina na capital paulista, e a enfermeira Marizete Borges de Abreu, 43, que tinha ao menos três contra-indicações para a vacina (portadora de lúpus, usava corticóide continuamente e não pretendia viajar para áreas de risco).
(JOHANNA NUBLAT)


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