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São Paulo, sábado, 29 de março de 2003

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No ES, plano era matar também secretário e procurador-chefe

FERNANDA KRAKOVICS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM VITÓRIA

Além do assassinato do juiz da Vara de Execuções Penais de Vitória (ES) Alexandre Martins de Castro Filho, 32, na última segunda-feira, o plano dos criminosos era matar, no mesmo dia, o secretário da Segurança Pública, Rodney Miranda, e o procurador-chefe da República no Estado, Henrique Herkenhoff. A informação foi dada ontem pelo próprio secretário da Segurança Pública.
De acordo com ele, um dos supostos participantes do atentado, André Luiz Barbosa Tavares, 21, o Ioxito, o estaria observando momentos antes do juiz ser assassinado. "Eu fui correr na orla, sem seguranças. Reparei que uma pessoa estava me observando. Na hora pensei em pedir para o pessoal [seguranças] dar uma olhada nele", disse.
O incidente teria ocorrido por volta das 7h20. Quando Miranda chegou a sua casa, às 8h, já havia a notícia do assassinato de Castro Filho. O suposto atentado contra Herkenhoff teria sido evitado devido à mudança da rotina do procurador naquele dia. Ele deixou de ir à academia de ginástica ao receber a notícia da morte do juiz.
Para a polícia e o Ministério Público, o assassinato de Castro Filho foi crime de mando. De acordo com Miranda, os indícios mais fortes apontariam para o coronel reformado da Polícia Militar Walter Gomes Ferreira, que está preso no Acre. Seus advogados rechaçam a acusação.
Castro Filho foi responsável por sua transferência para o Acre e estava impedindo o seu retorno. No dia da transferência, foram Castro Filho e Herkenhoff que providenciaram o translado do coronel.
Há dois sargentos da PM capixaba presos, Heber Valêncio e Ranilson Alves da Silva, suspeitos de participação no crime. Segundo Miranda, foi identificada suposta ligação entre eles e o coronel.


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