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EDUCAÇÃO
Pararam 2,6% dos 75 mil servidores, segundo prefeitura -para único sindicato em greve (dos 3 do setor), foram 40%
Greve tem pouca adesão, mas afeta CEU
DO "AGORA"
A greve dos professores municipais afetou ontem, primeiro dia
de paralisação, cerca de 40% dos
75 mil servidores da educação na
capital, segundo o Sinpeem (Sindicato dos Profissionais no Ensino Municipal), e 2,6%, de acordo
com dados da Secretaria Municipal da Educação. A reportagem
encontrou três unidades educacionais paralisadas -em dois casos, apenas parcialmente.
A paralisação afetou o CEU
(Centro Educacional Unificado),
principal vitrine da gestão Marta
Suplicy (PT). Em Perus (zona
norte), cerca de 70% dos 2.450
alunos do CEU não tiveram aula.
A prefeitura possui 441 escolas
de ensino fundamental, 442 de
educação infantil e 21 CEUs.
A greve contou com o apoio de
apenas uma das três entidades
que representam os professores, o
Sinpeem, presidido pelo vereador
Cláudio Fonseca (PC do B).
As demais associações do setor
preferiram esperar o fim das negociações com a prefeitura, no dia
10. "Até sexta, esperamos uma
maior adesão", afirmou Adelson
Cavalcanti Queiróz, vice-presidente do Sinpeem.
O Sinesp (Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino
Público Fundamental) e o Aprofem (Sindicato dos Professores e
Funcionários Municipais de São
Paulo) não aderiram. "Apoiamos
o movimento", disse Maria Benedita Andrade, do Sinesp. "A paralisação de três dias não é conveniente. Pára a negociação", afirmou Ismael Palhares Júnior, do
Aprofem. A categoria realiza uma
assembléia amanhã para definir
se continuará em greve.
Reposição
A secretária municipal da Educação, Cida Perez, disse que as aulas serão repostas. Em relação ao
reajuste, o governo propôs reposição de 1,5%, que significará R$
17 milhões a mais na folha de pagamento. A categoria reivindica
aumento do piso salarial de R$
432 para R$ 720.
A greve causou reclamações nas
escolas. Rodrigo Santos Souza, 15,
aluno do segundo ciclo do CEU
de Perus, foi até a unidade ontem
às 13h e foi informado que o escolão estava em greve.
Adenilton Oliveira Lima, 16, colega de Rodrigo, reclama das reposições. "Em vez de curtir as férias, vou ter de ficar aqui depois."
Na Emef (Escola Municipal de
Ensino Fundamental) Antonio de
Alcântara Machado, no Ipiranga
(zona sul), de manhã, houve adesão total à greve.
Já no período da tarde e à noite,
a adesão foi parcial. "Foi uma surpresa", disse Maria das Graças da
Silva, 34, mãe de Jéssica Pontes,
12, que cursa a 7ª série. Ela saiu às
16h30 -o normal seria às 18h.
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