São Paulo, quarta, 29 de abril de 1998

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Desfecho do caso pode ser político

da Reportagem Local

Ao contrário do que diz ter evitado nos os últimos quatro anos, a Justiça brasileira pode proporcionar um desfecho político para o caso do sequestro do empresário Abílio Diniz.
Durante os últimos quatro dos oito anos em que os sequestradores do empresário estão presos, os advogados dos condenados entraram na Justiça, por três ocasiões, pedindo a progressão da pena para o regime semi-aberto.
Segundo o advogado Iberê Bandeira de Mello Filho, todas as vezes esses pedidos foram negados por "critérios subjetivos".
Os presos teriam direito a esse benefício, pois já cumpriram mais de 1/6 das penas, que variam de 26 a 28 anos de prisão.
"A Justiça pode cometer uma contradição, mas com resultado positivo, pois terá impedido a morte dos presos. Será um desfecho político. O governo cedeu a uma pressão (a greve de fome), a qual precisava ceder", disse o advogado Jairo Fonseca.
"Esses presos estão tendo um tratamento emocional, político. A greve de fome pode ter forçado uma situação, antes negada pela Justiça", disse o coordenador das Promotorias Criminais de São Paulo, Mário Papaterra Limongi.



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