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Desfecho do caso pode ser político
da Reportagem Local
Ao contrário do que diz ter evitado nos os últimos quatro anos, a
Justiça brasileira pode proporcionar um desfecho político para o
caso do sequestro do empresário
Abílio Diniz.
Durante os últimos quatro dos
oito anos em que os sequestradores do empresário estão presos, os
advogados dos condenados entraram na Justiça, por três ocasiões,
pedindo a progressão da pena para o regime semi-aberto.
Segundo o advogado Iberê Bandeira de Mello Filho, todas as vezes esses pedidos foram negados
por "critérios subjetivos".
Os presos teriam direito a esse
benefício, pois já cumpriram mais
de 1/6 das penas, que variam de 26
a 28 anos de prisão.
"A Justiça pode cometer uma
contradição, mas com resultado
positivo, pois terá impedido a
morte dos presos. Será um desfecho político. O governo cedeu a
uma pressão (a greve de fome), a
qual precisava ceder", disse o advogado Jairo Fonseca.
"Esses presos estão tendo um
tratamento emocional, político. A
greve de fome pode ter forçado
uma situação, antes negada pela
Justiça", disse o coordenador das
Promotorias Criminais de São
Paulo, Mário Papaterra Limongi.
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