São Paulo, segunda-feira, 29 de maio de 2000


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Acusados são alvo de 2 outras investigações


de Washington

Além da acusação de tráfico de drogas que pesa contra eles, James Degan, Oscar de Barros e José Maria Teixeira Ferraz também foram envolvidos em outras duas grandes investigações nos EUA e no Brasil.
Eles foram os principais acusados no episódio da confecção e tentativa de venda do "Dossiê Caribe".
O dossiê é um conjunto de papéis sem veracidade comprovada sobre suposta conta no exterior do presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Mário Covas, o ministro da Saúde, José Serra, e Sérgio Motta, que foi ministro das Comunicações e morreu em abril de 1998.
Além disso, Barros e Ferraz foram acusados de terem intermediado o pagamento de propinas para que a empresa MetroRed (controlada pelo Grupo Fidelity, dona do maior fundo de investimentos do mundo) instalasse cabos de fibra ótica na cidade de São Paulo durante a administração do prefeito afastado Celso Pitta, que nega o esquema.
A investigação sobre drogas feita pelo governo norte-americano contra os três começou em julho de 1998.
Coincidentemente, foi no segundo semestre de 1998 que o Dossiê Caribe começou a ser oferecido a políticos no Brasil e que a MetroRed começou a instalar seu sistema de cabos em São Paulo.

Colaboração
Degan já decidiu colaborar com as autoridades e está ajudando o governo norte-americano a identificar vários chefes do tráfico de drogas na Colômbia e no Brasil.
Barros e Ferraz decidiram não colaborar com os promotores norte-americanos e estão presos em Miami.
O julgamento dos três deverá ocorrer em julho desde ano em West Palm Beach, na Flórida.
(MARCIO AITH)


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