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"Bolsa" paga por cineasta gerou crise de governo
DA REDAÇÃO
A revelação de que o cineasta João Moreira Salles
havia pago mesada para que
Marcinho VP, então foragido, escrevesse um livro, em
fevereiro de 2000, causou
uma crise na cúpula de segurança do Estado do Rio.
Pouco mais de um mês depois, Luiz Eduardo Soares
foi demitido da secretaria de
Segurança. O então governador do Rio, Anthony Garotinho, ligou a demissão a um
suposto acobertamento por
Soares da relação entre o traficante e Salles. O cineasta foi
indiciado por favorecimento
ao traficante, e prestou serviços comunitários.
O primeiro contato entre
Salles e o traficante ocorreu
em 1995, durante o projeto
do documentário "Notícias
de uma Guerra Particular".
Salles, então na fase de pesquisa, acertou com o traficante que ele contaria sua
história de chefe do tráfico
no morro Dona Marta. O cineasta afirmou que pagou a
ele R$ 1.200 mensais, por
quatro meses, em troca do livro autobiográfico e pela
tentativa de fazer o traficante
deixar a vida de criminoso.
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