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São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 2003

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"Bolsa" paga por cineasta gerou crise de governo

DA REDAÇÃO

A revelação de que o cineasta João Moreira Salles havia pago mesada para que Marcinho VP, então foragido, escrevesse um livro, em fevereiro de 2000, causou uma crise na cúpula de segurança do Estado do Rio.
Pouco mais de um mês depois, Luiz Eduardo Soares foi demitido da secretaria de Segurança. O então governador do Rio, Anthony Garotinho, ligou a demissão a um suposto acobertamento por Soares da relação entre o traficante e Salles. O cineasta foi indiciado por favorecimento ao traficante, e prestou serviços comunitários.
O primeiro contato entre Salles e o traficante ocorreu em 1995, durante o projeto do documentário "Notícias de uma Guerra Particular".
Salles, então na fase de pesquisa, acertou com o traficante que ele contaria sua história de chefe do tráfico no morro Dona Marta. O cineasta afirmou que pagou a ele R$ 1.200 mensais, por quatro meses, em troca do livro autobiográfico e pela tentativa de fazer o traficante deixar a vida de criminoso.


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