|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
POLÍCIA
Mano Brown paga fiança, é solto e chora
DO "AGORA"
Detido pela Polícia Militar acusado de desobediência e resistência à prisão na tarde de anteontem, Mano Brown, 34, nome artístico de Pedro Paulo Soares Pereira, líder do grupo de rap Racionais MC's, foi solto do 92º DP, zona sul, após pagar fiança de R$ 60.
O rapper ficou detido das 18h30
de anteontem até a 1h20 de ontem. Ao sair, foi recebido por cerca de 50 pessoas, entre fãs, amigos
e colegas de banda. Cumprimentando um por um, Mano Brown
agradeceu a todos e chorou.
Nas primeiras horas em que esteve preso, mais de cem pessoas
foram à delegacia apoiá-lo, entre
as quais o deputado estadual Vicente Cândido (PT), o deputado
federal Turco Loco (PSDB) e o senador Eduardo Suplicy (PT), que
abandonou a exibição do premiado documentário "Fahrenheit 9/
11", contra o governo dos EUA,
para defender Brown.
Suplicy contou ao delegado
Guilherme Mariano de Brito que
já fez várias palestras com Mano
Brown em unidades da Febem, e
que o músico sempre procurou
passar aos jovens uma mensagem
boa, de distância das drogas e do
crime. No bolso do casaco de DJ
Nel, 38, que acompanhava
Brown, os PMs encontraram uma
ponta de cigarro de maconha, que
continha 0,1 g da droga.
Para o senador, os policiais podem ter tido uma "atitude abusiva" quando prenderam Brown,
em razão das letras de suas músicas, que fazem críticas à polícia.
Os policiais negam. Dizem que
o músico foi preso por não obedecer à ordem para parar seu Golf
preto em uma abordagem de rotina. À Polícia Civil, os PMs declararam que Brown e o amigo estavam em "atitude suspeita". O Golf
do rapper tem filmes nos vidros.
Os carro foi seguido até o condomínio onde mora Brown, que
teria recebido os policiais com
xingamentos, dizendo que não
poderiam prendê-lo em casa, e
reagido à revista a socos.
Texto Anterior: Empresa responsável por limpeza de aeroporto contratou traficantes Próximo Texto: Ibirapuera: Conselho ameaça embargar garagens Índice
|