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CONSUMO
Aumento atinge 25 milhões de pessoas em 366 municípios do Estado; Sabesp diz que reajuste recupera perdas com inflação
Tarifa de água sobe 18,95% em São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL
O consumo de água se torna
mais caro a partir de hoje para os
moradores do Estado de São Paulo. A Sabesp, autarquia estadual
responsável pelo saneamento básico, anunciou ontem um reajuste
que chega a 18,95% nos serviços
prestados. A medida atinge 25 milhões de pessoas nos 366 municípios atendidos.
No ano passado, as tarifas de
água e esgoto haviam sofrido um
reajuste de 8,22%. Segundo a Sabesp, o novo aumento foi calculado de forma a recuperar as perdas
relacionadas à inflação. Segundo
o governo, o aumento é baseado
no IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo).
A tarifa básica residencial
-que corresponde a até 10 m3 de
água por mês- passará dos
atuais R$ 8,09 para R$ 9,62. O reajuste é o mesmo para os serviços
de esgoto na região metropolitana
de São Paulo -no interior do Estado, a taxa será de R$ 7,70. De
acordo com a Sabesp, cerca de
50% dos usuários da empresa pagarão esses valores.
O aumento, entretanto, varia
conforme o consumo do usuário
e a região do Estado em que ele vive. Por exemplo, uma família que
mora na cidade de São Paulo e
que consome 15 m3 de água por
mês deverá pagar a tarifa básica
(R$ R$ 9,62) por 10 m3 de água e
uma tarifa de R$ 1,50 por cada um
dos 5 m3 excedentes. Caso morasse no litoral ou no interior do Estado, essa família pagaria R$ 1,34
por m3 excedente.
O reajuste também é diferenciado para a população cadastrada
na tarifa social e moradores de favelas. Para esses usuários, o aumento será de 9% nas tarifas de
água e esgoto.
Cerca de 1,9 milhão de pessoas
estão inseridas nessas categorias,
mas a Sabesp estuda uma proposta que pode aumentar o número
de pessoas beneficiadas.
Atualmente, os critérios para a
inclusão na tarifa social são: morar em um imóvel de até 60 m2 de
área construída e comprovadamente unifamiliar, apresentar um
consumo de energia elétrica de
até 170kWh, ter renda familiar de
até três salários mínimos ou estar
desempregado, desde que o último rendimento não tenha sido
superior a três salários mínimos.
A proposta em estudo consiste
na inclusão de pessoas cadastradas em outros programas sociais
desenvolvidos pelo Estado, como
o Auxílio Desemprego, o Viva
Leite, o Renda Cidadã, o Cesta Básica e o Leito ao Idoso. Segundo a
Sabesp, essa ampliação dos critérios poderia representar o cadastramento de cerca de 500 mil pessoas na tarifa social.
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