DA SUCURSAL DO RIO

As companhias aéreas anunciaram que não pousarão mais no aeroporto Santos Dumont com chuva. A decisão foi tomada após uma reunião com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) na segunda.
Segundo Ronaldo Jenkins, especialista em segurança de vôo do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), a motivação das empresas foi um Notam (notificação ao piloto) informando que a pista do aeroporto ficava escorregadia em condições de chuva.
TAM e Gol informaram que a determinação tem caráter imediato. Para o passageiro, a mudança pode significar a descoberta na hora do embarque de que o avião vai pousar em outro aeroporto.
O Santos Dumont passou por uma reforma para a construção de um novo terminal de passageiros este ano. O custo chegou a R$ 334 milhões. A reforma da pista auxiliar, no entanto, deve começar em novembro. As obras na pista principal estão previstas para janeiro.
"Vamos ter prejuízo com isso, mas não fomos chamados para discutir, apenas para receber a informação", afirmou Jenkins. Segundo ele, desta vez não há qualquer menção a relatos de pilotos sobre condições precárias da pista.
Especialistas ouvidos pela Folha, que preferiram não se identificar, afirmam que a decisão das empresas pode ser uma retaliação à maior intervenção do governo no setor. O perfil do passageiro da ponte aérea Rio -São Paulo é predominantemente executivo.
O Santos Dumont não é o único aeroporto do Rio a entrar em obras. A partir do dia 3 de setembro o aeroporto internacional Tom Jobim deve passar por obras de recapeamento da pista. A obra será realizada em trechos, mas as operações não serão interrompidas.

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