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ONG católica defende escolha
da Reportagem Local
A organização não-governamental (ONG) Católicas pelo Direito de Decidir criticou a pressão
que membros da Igreja Católica
estão fazendo para impedir o
aborto de C.B.S..
"Estão fazendo uma pressão
descabida para mudar a opinião
da família da garota. Eles têm todo
o direito de decidir pelo aborto, se
julgam ser a medida correta", diz
a coordenadora da ONG, Maria
José Rosado Nunes.
Há duas semanas, desde que a
gravidez da menina se tornou pública, fiéis, padres e até o bispo da
região, dom Washington da Cruz,
fazem visitas permanentes à casa
de C.B.S. na tentativa de convencer seus pais a desistir do aborto.
"É legítimo o bispo ir conversar
com os pais, mas recorrer à religião para demover os pais a mudar uma decisão é inaceitável. Essa
pressão é uma afronta à dignidade
da pessoa humana", diz Maria José.
Para ela, a igreja de Israelândia
está tentando esconder a violência
contra C.B.S. para justificar a continuidade da gravidez. "A família
e a própria menina já se manifestaram contra esse bebê, acham
que seria acabar com a vida de
C.B.S. Tentar convencê-los do
contrário é antievangélico, um absurdo."
A freira Zélia Maria da Rocha,
responsável pela Igreja Católica
em Israelândia (cidade com 2,5
mil habitantes), afirma que as visitas à casa de C.B.S. são feitas para
"dar apoio à criança e sua família
nesse momento difícil".
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