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Empresa tenta na Justiça retomar derrame de ácido de navio no RS
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
A seguradora Liverpool & London e a empresa Chemoil International pediram à Justiça Federal
do Rio Grande do Sul que seja retomado o despejo das 6.000 toneladas de ácido sulfúrico que ainda
estão dentro do navio Bahamas.
O navio está no porto de Rio
Grande há um mês -no canal entre a lagoa dos Patos e o mar-
com uma rachadura no casco.
O juiz federal Ricardo Nske negou o pedido na tarde de ontem,
mas os autores recorrerão ao TRF
(Tribunal Regional Federal).
A alegação é que o vazamento
monitorado pode ser a solução
menos traumática, pois, caso o
ácido corroa o navio e atinja a
água de uma única vez, os danos
ambientais seriam maiores.
O vazamento do produto tóxico
começou no início de setembro. O
Bahamas tinha 12 mil toneladas de
ácido. Por causa do acidente, corria o risco de explodir.
No último dia 13, a Justiça proibiu o derrame proposital do ácido
no mar para evitar a explosão e definiu multa de R$ 5 milhões diários se a ordem de retirar o ácido
do local fosse descumprida.
O prazo para a empresa retirar o
produto tóxico do navio terminou
no último sábado.
Como a ordem não foi cumprida, a Chemoil (proprietária do Bahamas) já acumula, hoje, uma dívida judicial de R$ 20 milhões.
O derrame do produto tóxico, de
forma gradual, foi decidido como
solução, de acordo com a administração do porto, para evitar danos ambientais maiores.
A empresa e a seguradora tentam ainda diminuir o valor da
multa diária para R$ 200 mil.
Um derramamento de óleo lubrificante ontem à tarde contaminou 1 km de extensão do mesmo
canal onde está o Bahamas.
Segundo pescadores, o líquido
deve ter vazado após a limpeza de
alguma embarcação.
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