São Paulo, quinta-feira, 29 de outubro de 2009

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Pior rodovia do país corta Minas, aponta pesquisa

Trecho de 691 km considerado o mais precário vai do oeste do Estado até a divisa com o Rio

Dnit informa que o que está ruim no relatório da CNT já não existe mais, pois obras de restauração foram concluídas no período

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O trecho considerado como o mais precário do país na pesquisa da CNT é um conjunto de 691 km de rodovias estaduais e federais que cortam Minas.
O trajeto começa na BR-262, próximo a Campos Altos (oeste do Estado), e vai até a BR-116 (trecho Rio-Bahia), no entroncamento com a BR-120, na cidade de Leopoldina, perto da divisa com o Rio de Janeiro. O próprio site do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) adverte motoristas sobre problemas no trecho.
Na BR-262, em São Pedro dos Ferros, o órgão informa que o pavimento está "com buracos" e há "erosões". Em Realeza, o Dnit diz que e estrada está "com algumas irregularidades" e que há "buracos provenientes das últimas chuvas". Minas tem a maior malha rodoviária federal do país, com cerca de 8.200 km de estradas.
Ontem na BR-381, na região de Governador Valadares, morreram pelo menos 11 passageiros de uma van após o veículo bater de frente contra um ônibus. Esse trecho da rodovia, considerado regular pela CNT, ocupa a 76ª posição na lista da entidade (de um total de 109).
Segundo a Polícia Rodoviária, chovia forte na hora do acidente, na altura de Periquito, a 48 km de Valadares.
Foi o segundo acidente grave em rodovias federais em Minas nesta semana. No domingo, dez pessoas morreram em um choque entre um ônibus e uma carreta na BR-116.
A superintendência do Dnit em Minas, por meio da sua assessoria, informou que não tem como avaliar detalhadamente a pesquisa da CNT porque ela não especifica os problemas.
Disse, porém, que contesta pontos do relatório porque as informações estão baseadas na situação entre 7 de junho e 25 de julho, quando novos contratos de restauração e manutenção estavam sendo assinados e as obras, ainda em fase inicial.
O órgão diz que "o que está ruim no relatório não se vê mais hoje".


Colaborou BRENO COSTA , da Agência Folha, em Belo Horizonte


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