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Fundação busca diplomar jovens
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 2005, o secretário do Estado
da Justiça e presidente da Febem,
Alexandre de Moraes, pretende
instituir em todas as 77 unidades
da fundação pelo menos cinco
cursos profissionalizantes selecionados a partir de um levantamento feito entre os adolescentes internos. "Isso vem de uma lição típica de avó: cabeça vazia é a oficina do diabo. Como todos estarão
ocupados com seus cursos ao
mesmo tempo, ninguém fica de
cabeça vazia", diz Moraes.
Os cursos escolhidos pelos internos a serem implementados
são: panificação e culinária, informática, eletrotécnica, casa e construção, hotelaria e serviços e administração.
A fundação está criando parcerias com empresas, que devem
apadrinhar os cursos. "Além de
economizar o dinheiro do Estado,
é um modo de envolver a sociedade civil na questão do adolescente
em conflito com a lei e de arejar as
unidades da Febem com gente de
fora", explica. Segundo o presidente da fundação, já existem empresas interessadas em apadrinhar três dos seis cursos profissionalizantes programados.
Projetos semelhantes feitos com
empresas como Mc Donald's resultaram até em contratações.
Atualmente, há 47 ex-internos da
fundação trabalhando nessa rede
de fast-food.
Outro projeto para 2005 é de
criar parcerias com o Senac ou
com o Centro Paula Souza para
que os jovens recebam um diploma após a conclusão do curso.
"Não posso prometer emprego,
mas posso dar condições melhores para que os adolescentes conquistem uma vaga ao saírem da
Febem com um diploma."
Neste ano, 40 adolescentes da
Febem também ganharão salário
e conta em banco por meio de um
programa fechado com a Arpen
(Associação dos Registradores de
Pessoas Naturais), uma espécie de
cartório civil que, apesar de informatizado, necessita encadernar
seus documentos e carecia de
mão-de-obra para a tarefa.
Esses 40 internos selecionados
para o programa trabalharão de
acordo com a demanda da associação e receberão cerca de R$ 300
por mês. O dinheiro só pode ser
retirado pelo próprio titular da
conta, portanto, apenas após sua
saída da Febem. Para o secretário,
essa é uma forma de incentivar os
adolescentes a acelerar a saída por
bom comportamento e garantir
que tenham algum dinheiro guardado. (FM e AH)
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