São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2005

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"Gosto da marca do meu biquíni"

DA REVISTA

Muita gente acha que vida de jornalista é boa: viagens, festas, jantares, entrevistas com gente famosa... Então tá. Só essa reportagem custou duas semanas de dieta para limar todos aqueles panetones, uma crise de dor de barriga numa rodovia da Bahia e três doses de uma bebida digna de pronto-socorro. Explico: antes de sairmos "a campo", eu e a fotógrafa da Folha tivemos de passar por uma espécie de "preparação". Literalmente, "nos calibramos" no bar da pousada, com uma mistura explosiva de conhaque barato, mel e limão. Estávamos à beira de um ataque de nervos.
Amo ir à praia, sou das paulistanas que maldiz São Paulo por ser carente de mar. Mas descobri que gosto ainda mais de cultivar minha marquinha de biquíni.
À beira da fatídica praia naturista, travei. Talvez, se chegasse lá anônima, tirar a roupa fosse mais fácil. Mas como passar despercebido tendo de se identificar como repórter e vestida apenas com bloquinho e caneta na mão? A sensação de ficar nua na areia é uma mistura de desconforto com sufocamento e desproteção.
Aprendi que os naturistas são pessoas normais, falam muito de sexo, paqueram, passam cantadas -mas decidiram aderir a um movimento em que essas coisas normais são proibidas. Para mim, a praia tem de ser uma experiência mais natural e relaxada. E quer saber? O que é meu não é para todos. Seleção natural. (DY)

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