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Usuários se dividem sobre a eficácia da medida
DA REPORTAGEM LOCAL
Para alguns usuários da estação Paraíso, as baias organizadoras facilitaram a vida dos
passageiros. "Quando não tinha isso, todo mundo se empurrava. Agora é mais organizado e mais seguro", diz a estudante Cindel Kozemekin.
Amanda Vieira Santos, 21,
conta que as filas estão mais organizadas e são mais respeitadas. "Facilitou a vida."
Outros veem problemas. "A
ideia é bacana, mas nem sempre o pessoal respeita", alerta a
pianista Ana Cibele, 28. Para
Rafael Adonis, o fato de muitos
ignorarem as baias as tornam
pouco eficazes. "É uma tentativa de organizar, mas, no horário de pico, não funciona porque o pessoal não respeita."
O presidente da Associação
dos Usuários de Transporte
Coletivo Regular do Estado,
Mario Sergio Sujdik, diz que o
problema de superlotação deve
continuar, por conta do atraso
de décadas na expansão da rede
de metrô e da falta de conexão
com outros meios de transporte coletivo. "Claro que é melhor
para a segurança, mas não é o
ideal. O problema é que as linhas e estações já nascem superlotadas, porque existe uma
demanda reprimida", afirma.
A configuração da metrópole, em que as pessoas se deslocam por horas entre casa e o
trabalho, é mais um motivo para o esgotamento dos sistemas
de transporte coletivo em São
Paulo, na avaliação de Sujdik.
"Se a pessoa não morar perto
do emprego, nada vai mudar."
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