São Paulo, sexta-feira, 30 de abril de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Secretaria diz que não dá para comparar pesquisas

DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria da Segurança Pública disse que usa delimitações geográficas no mapa do crime diferentes das usadas pelos pesquisadores e que não seria possível fazer uma comparação com os dados do estudo.
As estatísticas da secretaria apontam que, nos últimos dez anos, houve redução de 78% nos homicídios dolosos na capital paulista. Em 1999, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes era de 52,58 -no ano passado, recuou para 11,23.
Uma das ponderações feitas pela secretaria é que no estudo foram incluídos crimes que o Estado não contabiliza como homicídio doloso (intencional), latrocínio (roubo seguido de morte), intervenção legal (quando um policial mata alguém em confronto) e morte violenta indeterminada.
Dados oficiais mostram que, em números absolutos, o bairro onde houve mais mortes em 2009 foi o Jardim Ângela (zona sul), com 47 vítimas- incluindo vítimas de todos os sexos e faixas etárias. A pesquisa dos médicos da USP analisa apenas as vítimas do sexo masculino, com idades entre 15 e 44 anos.
Para o chefe do Departamento de Operações do Comando de Policiamento da Capital, major Pedro Borges de Oliveira Filho, os investimentos nos bairros mais violentos podem explicar a mudança. "É uma hipótese, não uma resposta definitiva", disse. A redução dos homicídios na cidade nos últimos 13 anos, como apontou a pesquisa, se deve, segundo o major, a uma série de ações, como o recolhimento de armas (foram 15 mil só no ano passado), maior investimento em equipamentos para investigação policial e a prisão em flagrante de diversos suspeitos (96 mil em 2009).


Texto Anterior: Mais violento, Brás tem até código antifurto
Próximo Texto: Homicídio cai menos na região central
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.