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Secretaria diz que não dá para comparar pesquisas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria da Segurança
Pública disse que usa delimitações geográficas no mapa do
crime diferentes das usadas pelos pesquisadores e que não seria possível fazer uma comparação com os dados do estudo.
As estatísticas da secretaria
apontam que, nos últimos dez
anos, houve redução de 78%
nos homicídios dolosos na capital paulista. Em 1999, a taxa
de homicídios por 100 mil habitantes era de 52,58 -no ano
passado, recuou para 11,23.
Uma das ponderações feitas
pela secretaria é que no estudo
foram incluídos crimes que o
Estado não contabiliza como
homicídio doloso (intencional), latrocínio (roubo seguido
de morte), intervenção legal
(quando um policial mata alguém em confronto) e morte
violenta indeterminada.
Dados oficiais mostram que,
em números absolutos, o bairro onde houve mais mortes em
2009 foi o Jardim Ângela (zona
sul), com 47 vítimas- incluindo vítimas de todos os sexos e
faixas etárias. A pesquisa dos
médicos da USP analisa apenas
as vítimas do sexo masculino,
com idades entre 15 e 44 anos.
Para o chefe do Departamento de Operações do Comando
de Policiamento da Capital,
major Pedro Borges de Oliveira
Filho, os investimentos nos
bairros mais violentos podem
explicar a mudança. "É uma hipótese, não uma resposta definitiva", disse. A redução dos homicídios na cidade nos últimos
13 anos, como apontou a pesquisa, se deve, segundo o major,
a uma série de ações, como o recolhimento de armas (foram 15
mil só no ano passado), maior
investimento em equipamentos para investigação policial e
a prisão em flagrante de diversos suspeitos (96 mil em 2009).
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