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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Procuradora do Rio é indiciada sob suspeita de agredir filha; ela nega
BRUNA FANTTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
A procuradora de Justiça aposentada Vera Lúcia de Santana Gomes, 57, foi indiciada ontem pela Polícia Civil do Rio sob suspeita de ter cometido os crimes de tortura qualificada, por supostamente agredir a filha adotiva de dois anos (maus-tratos foram atestados pelo Instituto Médico Legal), e racismo, no trato com os empregados.
Na semana passada, a filha da procuradora foi hospitalizada. Levantou-se a suspeita de espancamento. O Conselho Tutelar foi acionado.
Empregados de Vera Lúcia entregaram para o Conselho uma gravação na qual a procuradora ofende a criança, que chora após ouvir-se no áudio um barulho igual ao de uma bofetada.
A delegada que investiga o caso, Monique Vidal, vai decidir em breve se pede a prisão temporária de Vera Lúcia. "Ela nega as acusações, que são evidentes no laudo do Instituto Médico Legal", afirmou a delegada. "Em relação aos xingamentos, ela disse que chamava a filha de "cachorrinha" e de "vaquinha", por gostar muito de animais", disse.
O advogado Jair Leite Pereira, que defende a procuradora, afirmou que sua cliente nega todas as acusações.
Ele diz que a procuradora quis impor sua vontade para poder educar, mas admitiu não compreender a atitude da cliente.
""É estranho, mas ela não agrediu ninguém, isso eu posso garantir porque eu a conheço há mais de 20 anos", disse o defensor.
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