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Efeitos tóxicos ainda são investigados
do enviado especial a Londrina (PR)
Stephen Barnes e Helen Kim
vêem com alguma preocupação o
consumo descontrolado de isoflavonas purificadas em cápsulas. "É
melhor consumir a (própria) soja,
até que se saiba mais", alertou Barnes no encontro de Londrina.
Como disse o pesquisador da
Universidade do Alabama, os fitoestrógenos têm sido associados
com síndromes de infertilidade em
animais, como gado bovino e ovino. Não se tem notícia, porém, de
efeito semelhante em humanos.
A melhor indicação de que não
deve existir, para Barnes, é a saúde
reprodutiva de bilhões de consumidores diários de soja, na Ásia.
"Quem come soja não tem problema de infertilidade."
O cientista admite, contudo, que
a possível toxicidade dos fitoestrógenos vem atraindo a atenção de
agências norte-americanas, como
o Centro Nacional de Pesquisa Toxicológica e a Agência de Proteção
Ambiental. Vários simpósios sobre o tema foram organizados ao
longo dos anos 90.
Para Barnes, foi produto de exagero ("hype"). Convidado para alguns desses encontros, relata que,
com o correr do tempo, foi crescendo o espaço dedicado neles para os efeitos benéficos desses compostos, como as isoflavonas, que
estão presentes também em outras
plantas, como chá preto.
"A questão da toxicidade se impõe quando extratos altamente
enriquecidos de isoflavonas são
usados", diz. Como explicação, faz
uma analogia com vitaminas.
"Pílulas de vitaminas estão disponíveis no balcão e, desde que
consumidas em quantidades apropriadas, são boas para a saúde. No
entanto, em excesso, sobretudo as
vitaminas solúveis em gordura,
podem causar intoxicação."
"Temos de descobrir com que
dose ocorrerá toxicidade de isoflavonas. (Mas) está muito além do
que é ingerido na soja como alimento."
(ML)
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